Por Denise Caputo
As investigações da Polícia Civil sobre supostas práticas de tráfico de influência e de advocacia administrativa no Palácio do Buriti voltaram a ser tema de pronunciamentos no plenário da Câmara Legislativa nesta terça-feira (14). As falas, desta vez, ganharam outro tom: o deputado Raimundo Ribeiro (MDB) defendeu a “convocação imediata” de três nomes ligados ao governador Rodrigo Rollemberg e citados nas investigações; e a deputada Celina Leão (PP) chegou a pedir a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para tratar das denúncias.
Ribeiro pediu a convocação do advogado Carlos Augusto Sobral Rollemberg (Guto), irmão do governador; do ex-assessor Marcelo Nóbrega, e do tesoureiro da última campanha de Rollemberg, Ricardo Leal. “A CLDF, como fiscalizadora, deveria fazer a convocação imediata”, defendeu o distrital, após argumentar que não se deve condenar antes de os acusados se manifestarem.
Celina Leão, por sua vez, criticou o chefe do Executivo por ter atacado a Polícia Civil e o portal de notícias Metrópoles, em vez de explicar o que deu origem às denúncias. Ao sugerir a instalação de uma CPI na Casa para investigar as acusações, a distrital ironizou o slogan “Mãos Limpas” da campanha de Rollemberg: “As mãos não estão limpas, estão imundas”.
Segundo Ribeiro, ele está pronto para assinar o pedido de CPI: “Qualquer coisa para apurar a verdade”.
Defesa
O deputado Rodrigo Delmasso (PRB) fez questão de se manifestar em plenário a respeito da citação de dois de seus ex-assessores nas investigações da polícia. “Hermano Gonçalves de Souza Carvalho e Luiz Fernando Messina nunca me fizeram qualquer proposta escusa. Enquanto trabalharam comigo, sempre tiveram uma atitude proba, ética e ilibada”, afirmou.
Wasny de Roure (PT) disse também conhecer os dois citados. “Nunca vi nada que expusesse essas duas personalidades”, apontou. Ele saiu em defesa, ainda, do administrador do Lago Norte, Marcos Woortmann.
“Tenho certeza que a Polícia Civil vai ser justa e vai saber separar o joio do trigo. Os inocentes vão ser inocentados, e os verdadeiros culpados serão incriminados”, disse Delmasso.
Fonte: CLDF