Recomendação do Ministério Público pode deixar os cursos de medicina e enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) sem professores. Desde a sua fundação, a faculdade conta apenas com docentes cedidos pela Secretaria de Saúde e, para o MPDFT, todos eles devem voltar ao trabalho integral nos hospitais para garantir o número mínimo de profissionais no atendimento à população. Distritais reagiram à recomendação dos promotores na sessão desta terça-feira (10).
“A secretaria não pode aceitar isso e tem que responder ao MPDFT”, pregou o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), em meio a aplausos de estudantes e professores presentes no plenário da Câmara Legislativa. “Lá é uma ‘fábrica’ de médicos e enfermeiros e vamos retroagir? Tenho certeza de que os profissionais serão mantidos na faculdade”, afirmou Roosevelt Vilela (PSB).
Para o deputado Prof. Israel (PV), a manutenção dos servidores da Secretaria de Saúde na faculdade é importante para permitir a formação de profissionais em sintonia com o social e prontos para atuarem no SUS. “A ESCS é um patrimônio e precisa ser preservada”, concluiu.
O deputado Cláudio Abrantes (Rede) também se manifestou em apoio à faculdade pública: “A ESCS está entre as melhores escolas de medicina do País, e defendê-la é defender a base para uma universidade pública do Distrito Federal”.
Outros distritais, como os petistas Chico Vigilante e Wasny de Roure, ainda usaram o microfone da tribuna em defesa da ESCS. “É preciso mais apoio e investimento”, cobrou Wasny.