DESCASO: Moradora do DF luta contra o tempo e o descaso na saúde para tentar salvar a própria vida



Por Renato Souza

A aposentada Ana Maria de Brito, de 55 anos passou por uma cirurgia para retirada de um tumor cerebral em junho deste ano. A cirurgia foi bem sucedida. Mas ao realizar novo exame foi identificado um Glioblastoma Multiforme de Grau 4, ou seja, foi identificado um novo tumor primário, formado por células de Glia.

Esse tipo de câncer é altamente agressivo, maligno e de alta letalidade. Ana Maria então foi ao Hospital de Base para começar tratamento com radioterapia e quimioterapia. Mas a paciente não conseguiu atendimento. A lei especifica que pacientes com câncer devem iniciar o tratamento em no máximo 60 dias. Mas já vai completar cinco meses que Ana Maria procurou atendimento na rede pública e não conseguiu.

A paciente recebe apoio dos filhos para continuar lutando contra a doença. Fagner Pereira, de 23 anos, filho de Ana Maria, conta que a mãe está cada vez mais fraca. “Nós já não temos força para falar pra ela que tudo vai correr bem. A cada dia que passa ela fica mais fraca e a demora no atendimento a deixa ainda mais triste”, afirma. A família procurou a Defensoria Pública do Distrito Federal. Uma ordem do Tribunal de Justiça do DF afirma que a Secretaria de Saúde deve começar o tratamento da paciente imediatamente. Mas o prazo para cumprimento da decisão venceu no dia 05 de outubro e até agora segue sendo desobedecida pelo governo.

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Sem alternativas de quem recorrer, a família procurou a imprensa. “Sei que jornalistas não são heróis. Mas para nossa família é sim, pois é a única alternativa para tentar ajudar minha mãe. O oncologista afirmou que ela pode morrer em pouco tempo sem tratamento e a cada dia fica pior”, ressalta Fagner.

Em nota, a Secretaria de Saúde afirmou que Ana Maria está sendo atendida por oncologista, mas que precisa aguardar em uma fila para ser chamada para realizar a radio e quimioterapia. Não existe previsão para o atendimento.

 Fonte: Publicação em Facebook 



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