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22 nov 2024 06:39


Desordem no HRG: servidores denunciam gestão truculenta

Mais uma vez, servidores do Hospital Regional do Gama sofrem com a desordem implementada pela atual gestão da unidade hospitalar. O remanejamento de setores do hospital, como a pneumologia e tisiologia tem causado um verdadeiro estado de terror nos profissionais. Técnicos em enfermagem denunciam que há cerca de duas semanas, com o avançar das obras, a Diretoria Administrativa do hospital, de forma autoritária, “escorraçou” todos do setor para o local onde funciona a tisiologia. De acordo com uma servidora que não quis se identificar, a ordem era de esvaziar todas as enfermarias da pneumologia. “Simplesmente chegaram e falaram que queriam o local vazio no dia seguinte porque as obras já começaram. Não deram prazo nenhum, tampouco uma alternativa de onde ficaríamos. Estávamos com uma paciente em estado grave, tanto que ela foi a óbito. Passamos três dias transferindo tudo, sem ajuda nenhuma, o que gerou um desgaste físico para nós servidoras. Estamos em meio a uma gestão intolerante”, denuncia.

Biombo utilizado para separar pneumologia com isolados da tisiologia, localizado ao lado do repouso dos técnicos em enfermagem – Reprodução/Sindate-DF
Enfermaria ocupada com macas e materiais da pneumologia e tisiologia – Reprodução/Sindate-DF

Como se não bastassem as péssimas condições de trabalho, a servidora acrescenta que tudo tem funcionado de forma improvisada, como o repouso dos profissionais, que funciona ao lado de um isolamento temporário, separado por um biombo, gerando um alto risco de contaminação aos profissionais. Macas e remédios, que deveriam ser mantidos em locais seguros, estão expostos nos corredores ou amontoados em enfermarias que poderiam estar ocupadas por pacientes. “Precisa reformar, tudo bem, mas não precisa nos tratar como cachorros. Estamos literalmente jogados e tanto o superintendente quanto a diretora administrativa possuem ciência do que está acontecendo”, finaliza.

Trabalhadores com medo

A intransigência da gestão que modificou a rotina dos servidores, causando um verdadeiro caos para todos. Em meio a mudanças causadas sem aviso prévio, profissionais do Pronto Socorro temem ser os próximos alvos da diretoria administrativa nos repousos, que funcionam de maneira indecente. Há relatos de trabalhadores que já não deixam mais objetos nos locais. “Estamos vindo sem saber onde vamos ficar”, relata uma técnica em enfermagem.

Na sexta-feira (20/09), após a emissão de uma circular pela Diretoria Administrativa do HRG, em que solicitava a desocupação das áreas onde funcionava o antigo Pronto Atendimento Infantil (PAI) e hemodiálise – atualmente utilizada como repouso pelos servidores, os diretores do Sindate-DF Isa Leal e Newton Batista cobraram dos gestores um local apropriado para os profissionais, que hoje estão temporariamente no local que voltará a ser o PAI.

Sindate condena gestão inflexível

A truculência constante da diretoria administrativa demonstra o despreparo e a incapacidade na gestão de um dos hospitais que mais possuem problemas no Distrito Federal, fazendo com que trabalhadores se sintam amedrontados a todo momento, com receio de serem prejudicados, o que acaba atingindo diretamente no atendimento dos usuários. A direção do Sindate-DF reforça o compromisso na defesa dos trabalhadores e reafirma que não permitirá que essa situação continue acontecendo.

Fonte: Sindate-DF

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