DF registrou 2.154 casos de sífilis entre homens e mulheres em 2020

Para promover a conscientização sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença no Brasil, neste mês é realizada a campanha Outubro Verde



De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, foram notificados 2.154 casos de sífilis contraído por homens e mulheres em 2020. Para promover a conscientização sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença no Brasil, neste mês é realizada a campanha Outubro Verde.

Sífilis

 

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Arte: Secretaria de Saúde do DF

Sintomas

A sífilis é caracterizada por períodos de atividade e latência, esse último não manifesta sintomas. Além disso, apresenta diferentes fases. A primária é caracterizada por uma ferida única e indolor, com bordas bem definidas e endurecidas. A secundária inicia-se após a cicatrização da úlcera – normalmente a lesão cicatriza sem nenhum tipo de intervenção. A fase terciária é assinalada por destruição tecidual e pode afetar os sistemas cardiovascular, nervoso e ósseo.

Tratamento

A detecção e o tratamento precoce são fundamentais para evitar a propagação da doença. O tratamento é feito com uso de medicamento disponibilizado na rede pública de saúde. “Apesar de ser uma doença tratável e curável, ela não gera imunidade. Portanto, a pessoa pode se reinfectar, caso tenha relações sexuais desprotegidas com pessoa infectada”, alerta, a técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Daniela Magalhães.

Sífilis Congênita

Arte: Secretaria de Saúde do DF

Complicações

A sífilis durante a gestação pode provocar aborto, prematuridade e sequelas neurológicas, podendo causar, inclusive, a morte do recém-nascido. O pré-natal é importante para identificar a doença e está disponível em todas as unidades básicas de saúde do Distrito Federal. A gestante deve procurar a UBS mais próxima de sua residência para receber as orientações e iniciar o atendimento.

Crianças nascidas de mães contaminadas são consideradas de potencial risco de contaminação, mesmo que as genitoras tenham recebido tratamento. Essas crianças podem ter acompanhamento médico nas UBSs.

A sífilis durante a gestação pode provocar aborto, prematuridade e sequelas neurológicas, podendo, inclusive, causar a morte do recém-nascido

Quando não tratada, a infecção pode evoluir para estágios de gravidade variada, acometendo diversos órgãos e sistemas, principalmente nervoso e cardiovascular.

Números no DF

Foram registrados 921 casos de sífilis em gestantes em 2020, o que representa um aumento médio de 21,1% em relação ao ano anterior. Em relação à sífilis congênita, o DF registrou 271 casos no ano passado. “Isso demonstra a necessidade de captação precoce das gestantes para o pré-natal e diagnóstico oportuno”, ressalta, Daniela.

Além disso, a técnica destaca que, para além de uma boa cobertura de assistência pré-natal, é preciso identificar e corrigir falhas que ocorrem durante o cuidado, especialmente em relação à testagem, tratamento, registro de tratamento e seguimento com exame laboratorial.

Ainda, segundo Daniela, as maiores proporções de casos notificados se concentram em homens na faixa etária de 20 a 39 anos. Entre as mulheres, a faixa etária mais acometida é de 15 a 19 anos.

O uso de preservativos em todas as relações sexuais, o acompanhamento durante a gestação e a testagem regular são formas de prevenir a doença.

Assistência

A Secretaria de Saúde disponibiliza testes rápidos para o diagnóstico da sífilis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), antigo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na Rodoviária do Plano Piloto.

Durante a gestação, o teste é solicitado no primeiro, no segundo e no terceiro trimestre tanto para a gestante quanto para o parceiro. Além disso, a mulher é testada no momento do parto. O resultado do teste sai em 15 minutos após a coleta do material. Caso o teste dê positivo, a amostra é encaminhada para comprovação laboratorial. Após a confirmação, o tratamento é iniciado imediatamente.

Dia Nacional

O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita (transmitida da mãe para o feto) é lembrado o terceiro sábado do mês de outubro de cada ano. A data foi determinada pela Lei nº 13.430, de 31 de março de 2017.



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