Dia Mundial de Combate à Asma: saiba como identificar e tratar a doença

Apesar do histórico genético, crises podem ser prevenidas com medicamentos e hábitos de higiene. Doença é a terceira causa de internações hospitalares no SUS



Por Michelle Horovits

Todos os anos, a primeira terça-feira de maio é lembrada como o Dia Mundial de Combate à Asma. O objetivo é divulgar informações sobre a doença e prevenir o agravamento dos sintomas. A data é organizada há mais de 20 anos pela Iniciativa Global Contra a Asma (Gina, sigla em inglês), criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, a asma é a terceira causa de internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o DataSUS, em 2022, foram 83,1 mil internações pela doença e 524 óbitos registrados no País.

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Além da falta de ar, que é mais comum durante crises ou atividades físicas de alta intensidade, os pacientes geralmente apresentam dor e chiado no peito, tosse e sensação de cansaço. Os gatilhos que aumentam as chances de crises variam de pessoa para pessoa. Apesar de haver histórico genético, crises podem ser prevenidas com medicamentos e hábitos de higiene.

Referência técnica colaborativa da SES-DF no assunto, a pneumologista Andréa Rodrigues destaca que a asma é traiçoeira e, mesmo com muito tempo sem dar sinal, pode aparecer de forma súbita. Foto: Agência Saúde-DF

“O clima seco piora os sintomas respiratórios da asma e das doenças nasais alérgicas, como a rinite. Período em que ocorre as exacerbações da asma. Por isso, é tão importante redobrar o cuidado nesta época do ano”, destaca a pneumologista e Referência Técnica Distrital (RTD) de Asma da Secretaria de Saúde (SES-DF), Andrea Martha Rodrigues. Com a seca esperada para os próximos meses e a umidade relativa do ar abaixo dos 30%, as doenças respiratórias ficam mais frequentes.

Tratamento

Antes de pensar em medicamentos, primeiro é necessário, segundo a especialista, aprender a identificar e se afastar das situações que desencadeiam uma crise de asma. Adotar medidas preventivas podem ajudar, tais como:

Entre os aspectos ambientais, estão a exposição à poeira, aos ácaros e aos fungos, as variações climáticas e infecções virais – especialmente o vírus sincicial respiratório e o rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e resfriado, respectivamente. Para os fatores genéticos, destaca-se o histórico familiar de asma ou rinite e obesidade, tendo em vista que pessoas com sobrepeso têm mais facilidade de desencadear processos inflamatórios.

A asma não tem cura, mas pode ser controlada com o tratamento e acompanhamento adequados. A rede pública do DF oferece pelas Farmácias de Alto Custo e pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) as principais medicações para o controle da doença: broncodilatadores inalatórios – formoterol + budesonida; salmeterol + fluticasona; beclometasona spray, budesonida inalatória, salbutamol spray, prednisona oral, imunológicos (de uso subcutâneo direcionados para asma grave – omalizumabe e mepolizumabe); dentre outras.

Automedicação

Para a pneumologista da SES-DF Géssica Andrade, o maior desafio é a venda sem prescrição de corticoides e os broncodilatadores. Sendo assim, muitos pacientes usam doses altas sem necessidade ou por tempo prolongado. “Usar o corticoide a longo prazo, de forma sistêmica pode gerar sérios problemas de saúde como gastrite, úlceras gástricas e osteoporose. E no caso dos broncodilatadores, uma arritmia cardíaca”, detalha.

 

 



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FONTEAgência Saúde DF
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