Diagnóstico da Saúde do DF: Rollemberg dá calote e empresa suspende, nesta sexta(21), atendimentos do 192 do SAMU



Secretaria de Saúde desfalca equipes do SAMU ao direcionar técnicos em enfermagem, sem qualificação apropriada, para substituir atendimento especializado

Por Kleber Karpov

Denúncia recebida por Política Distrital (PD), na noite desta quinta-feira (20/Set), aponta que a partir das 0h de sexta-feira (21/Set), o serviço de atendimento dos Técnicos Auxiliares de Regulação Médica (TARMS) e Radio Operadores do Serviço de Atendimento Médico de Urgência devem ser suspensos, por falta de pagamento do GDF.

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De acordo com o denunciante, sob sigilo de identidade, a Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLAG), responsável pela gestão do contrato com a empresa Vanerven Solution, está em atraso há mais de três meses, e com isso garantiu, na Justiça, o direito a suspender os serviços.

Em consulta ao Portal da Transparência do DF é possível constatar que de R$ 23 milhões, desses R$ 13 milhões liquidados. Isso em contratos com órgãos do GDF, pela SEPLAG, o último empenho foi emitido  pela Secretaria em 28 de maio, no valor de 1,4 milhões.

Ainda de acordo com o denunciante, para resolver o problema, a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) após convidar e ficar sem retorno, convocou um técnico em enfermagem de cada unidade do SAMU em que as viaturas tinham dois tripulantes .

PD conversou com uma operadora do serviço, funcionária da Van Ervem, além de uma servidora da SES-DF que atua nas unidades móveis. Em comum, as profissionais de saúde, que também sob sigilo de identidade, tinham em comum, a preocupação com a ‘solução’ da SES-DF.

Para a Técnica da Van Ervem, o GDF comete um grave erro, uma vez que falta treinamento adequado aos técnicos em enfermagem requisitados para fazer o atendimento do serviço do SAMU 192.

“Eles não têm preparo. Eles vão receber instruções relâmpagos entre meia noite e uma da manhã. Mas para nós que fazemos isso diariamente, sabemos que está longe de ser a capacitação adequada para  prestar esse tipo de atendimento. O que pode comprometer e até levar pessoas em atendimento de urgência a óbitos ou complicações.”, explicou.

A servidora da SES-DF, lotada no SAMU, por sua vez, também questionou a postura da SES-DF. “Os técnicos em Enfermagem não têm treinamento algum em TARMS. Eles têm como rádio operador o que é bem diferente. Então é preocupante pois além de  desfalcar as equipes do SAMU para exercer uma função sem o menor preparo ainda podem prejudicar pessoas que precisam de atendimento emergencial. Eles [gestores da SES-DF] disseram que vão dar treinamento, mas esse treinamento, de meia hora, nem de longe deve qualificar para prestar esse tipo de serviço.”, afirmo.

O que diz a SES-DF?

Procurada, a coordenadora dos TARMS, Ana Paula, afirmou não ter autorização para falar sobre o assunto e pediu para recorrer a Assessoria de Comunicação da SES-DF. Essa por sua vez, acionada não se manifestou, até o momento da publicação da matéria.



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