Diretor da Vigilância Ambiental pede exoneração após explosão de casos de dengue no DF



Boletim Epidemiológico aponta cerca de 20 mil casos de dengue registrados

Por Kleber Karpov

Na quinta-feira (23), o diretor da Diretor de Vigilância Ambiental de Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Petrônio da Silva Lopes, entregou o pedido de exoneração, sob alegação de “motivos pessoais”. Exoneração no entanto, estava prevista desde o início da semana e foi antecipada pelo blog Rádio Corredor (Veja Aqui).

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A exoneração ocorre após o DF registrar cerca de 20 mil casos de dengue, segundo boletim epidemiológico emitido pela SES-DF, apontar ema escalada da doença. Entre janeiro e 11 de maio, foram contabilizados 19.812 registros nas unidades de saúde com um total de 16 mortes. Esses quase 20 mil casos superam em 12 vezes as 1.676 ocorrências de 2018.

Escalada

Registros apontados por boletins epidemiológicos, desde fevereiro, demonstram uma escalada dos números nos casos de dengue no DF. Apenas entre os dias dois e 16 do fevereiro, houve um aumento de 253% de registros. Um salto de 451 para 1.142 casos em 14 dias.

De 16 de fevereiro a 23 de março, o crescimento foi de 504%. Os casos passaram de 451 para 5.759 registros de dengue no DF. No intervalo de um mês seguinte (23/mar), mais um aumento acentuado de 290%. Os boletins seguintes apontaram uma escalada para 8.985 casos em 6 de abril, 12.038 (20/Abr), 14.436 (27/Abr) e 19.812 (11/Mai), respectivamente.

O caso chama atenção, pois mesmo após o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), mobilizar o Exército Brasileiro e intensificar as ações de combate a dengue com a ajuda de 400 militares. Porém, os casos aumentaram, consideravelmente.

Enquanto isso

Se de um lado, a SES-DF conta o início das férias de São Pedro e o início da seca para amenizar e reduzir os casos de dengue no DF , por outro, o sucessor de Lopes tem uma série de desafios a enfrentar.

Dentre esses, derrubar a interdição da DIVAL, por parte do Ministério Público do Trabalho (MPT), colocar os cerca de 60 caminhonetes de fumacê, atualmente paradas, no combate os focos do mosquito Aedes Aegipty, repor estoque de repelente distribuído pela Secretaria, se livrar dos venenos vencidos que estavam em uso, providenciar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e, cobrir o déficit do quadro de pessoal, pois a unidade funciona apenas com quadros cedidos do Ministério da Saúde.



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