Diretores da Funap desmentem administrador de Núcleo Bandeirante sobre pagamento de atrasados de detentos



Caso ocorreu após o blog Política Distrital publicar matéria sobre os atrasos dos detentos, reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal , que atuam na Região Administrativa Núcleo Bandeirante e Administrador afirmar ao vivo em programa de rádio que havia efetuado os pagamentos.

O administrador interino de Candangolândia, Park Way e Núcleo Bandeirante, Roosevelt Vilela (PSB), Roosevelt Vilela (PSB) negou, no início da tarde desta quinta-feira (2/Abr), que haja atrasos de pagamentos à Funap-DF, vinculada a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Distrito Federal (SEJUS) e responsabiliza a Funap-DF, por eventuais atrasos aos detentos que trabalham na Região Administrativa de Núcleo Bandeirante. Após tomar conhecimento a Fundação desmente e repudia a postura de Vilela.

A afirmação ao vivo, durante o programa de rádio Barra Pesada, de Geraldo Naves, na Rádio OK FM. Ao ser questionado sobre atrasos nos pagamentos dos detentos, Vilela afirmou que RA de Núcleo Bandeirante havia efetuado os pagamentos e responsabilizou a Funap-DF pelos pagamentos.

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Segundo Vilela os pagamentos foram realizados, porém o sistema do BRB (responsável por fazer o repasse à Funap), entrou em “colapso” e os pagamentos estavam sendo realizados manualmente. Questionado novamente por Naves, Vilela foi taxativo: “Independente de ter recebido ou não a Funap deveria garantir o pagamento de terceiros.”, afirmou.

Após repercussão do programa o Blog Política Distrital foi procurado pelo diretor de administração da Funap, Daniel, Cancelli, responsável pela liberação de pagamentos dos reeducandos. Cancelli confirmou os atrasos dos pagamentos, por parte da RA de Núcleo Bandeirante.

Segundo Cancelli: “Em Novembro (2015) a administração do Núcleo Bandeirante devia à Funap uma repasse de pouco mais de R$ 15.300 e fez um repasse de R$ 8.400 reais e comunicou por meio de oficio 08/2014 que não efetuaria o restante de pagamento por falta de dinheiro. A folha deles somente de salário dos reeducandos que lá trabalham seria de R$ 8.400. Eles (Administração) não conseguiram pagar nem dos salários dos reeducandos. Os valores de Dezembro e Janeiro foram devidamente pagos pela administração e já foram repassados aos educandos. Os valores de fevereiro e março, fevereiro especificamente  nós emitimos um espelho do pagamento dos valores que são devidos e o executor do contrato deve nos dar, um positivo, para que façamos a emissão da nota no valor que eles nos devem. Até o presente momento o executor não fez essa autorização. Então a nota fiscal referente a fevereiro não foi emitida, consequentemente, Março também não.”, afirmou Cancelli.

Política Distrital foi procurado ainda pelo diretor adjunto da Funap-DF, Paulo Fernando, que repudiou a postura de Vilela: “Culpar à Funap uma vez que a Administração não efetuou os pagamentos é totalmente sem nexo.”, afirmou ao questionar ainda à afirmação de Vilela que caberia a Fundação efetuar os pagamentos independente de ter recebido ou não: “Como nós poderíamos ralizar os pagamentos se a Funap não recebeu os valores devidos.”, completou.

Fernando observou ainda que a Funap deve relatar o caso e a postura do administrador do Núcleo Bandeirante, ao governador, Rodrigo Rollemberg (PSB). “Todos nós somos governo, somos do mesmo partido.”, lamentou o ocorrido.

Nesse sentido parece que Vilela se esqueceu que sendo a Funap-DF, é parte integrante de uma empresa pública, sem fins lucrativos, consequentemente, a julgar pelos últimos meses, em que o GDF estava em uma situação de crise financeira a colocação de Fernando é totalmente pertinente, como a instituição poderá repassar os pagamentos se não os recebe por parte da administração. O ponto positivo de tudo isso é que talvez a polêmica faça com que o administrador busque resolver a situação junto a Funap-DF, para que possam repassar os valores devidos aos reeducandos, que têm na possibilidade de trabalhar, um caminho importante para se qualificarem e mais que isso, de serem impactados do ponto de vista da ressocialização.



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