“Participamos de um processo eleitoral muito rápido e intenso onde não tivemos espaço para discussões que julgamos primordiais para construção de um plano de condução.”
Por Kleber Karpov
Na Semana da Enfermagem, a chapa ‘Renovação, Unir para Reconstruir’, eleita para assumir a direção do Sindicato dos Enfermeiros do DF (SEDF), que deve assumir em junho, realiza nos dias 17 de maio, 1 e 14 de junho, seminários programáticos para discutir a enfermagem e a saúde do DF. Nas três edições, o Projeto de Lei Complementar (PLP 257/2016), as Organizações Sociais (OSs) além do empoderamento da enfermagem e o impacto no modelo de saúde.
Ao Política Distrital, a presidente eleita do SEDF, Dayse Amarilio explicou que realiza o evento antes mesmo de tomarem posse do Sindicato por não terem espaço para discussão sobre temas que consideram relevantes para a construção de um plano de condução da entidade.
“Participamos de um processo eleitoral muito rápido e intenso onde não tivemos espaço para discussões que julgamos primordiais para construção de um plano de condução. Em contrapartida sabemos da carência da categoria de momentos/ espaço para estas discussões e do significado dessas reflexões para empoderamento da Enfermagem, por isso propomos seminários programáticos para essas discussões e faremos convite para categoria como todo, rede particular e pública à participarem conosco.”.
Atividades
Nas últimas semanas a Chapa eleita realizou mobilizações em unidades da rede privada para fazer trabalho de conscientização dos servidores e, em processo de transição, começar a conversar com gestores de unidades de saúde particular do DF. Segundo Dayse, a intenção é detectar os problemas, não só da rede pública mas também da privada que está, segundo a presidente eleita, há muito tempo desamparada.
“Fomos ‘in loco’ ouvir os profissionais enfermeiros da rede privada na Setor Hospitalar Sul. O que os colegas de toda rede privada do DF tem passado é uma vergonha! Além de terem repousos que são esconderijos (mistos e alguns dormem no chão, pois não tem cama para todos), não tem direito a folga compensatória, piso salarial que não paga nem o que gastaram na faculdade, alterações e dificuldade nos seus planos de saúde, vale refeição de 15 reais, assédio moral e são a única categoria juntamente com os técnicos de enfermagem que são revistados ao saírem do hospital.”
Dayse aponta ainda problemas com escalas de trabalho, em que cobra dignidade por parte das unidades hospitalares aos enfermeiros do DF. “E agora ainda tiveram a notícia que suas escalas de trabalho foram alteradas a partir de hoje, sem aviso prévio inclusive ao sindicato, e com mesmo vencimento!!! É amoral, é desumano! Não é precarização pois já trabalham em situação precária, está mais para escravidão, pois escravidão não é apenas quando retiram seu direito de ” ir e vir” mais quando te privam de trabalho justo e de dignidade. O trabalho é direito do cidadão e é também dignidade!“
Apoio
Dayse também falou do apoio recebido por parte do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF) em que afirma reconhecer o papel da entidade dentro do movimento sindical “e como modelo no seu trabalho junto à base da categoria”. O Sindate que trabalha um projeto de integração entre os profissionais de enfermagem e foi um dos apoiadores de peso da Chapa durante o processo eletivo em abril.
“Sabemos da necessidade de trabalhar a enfermagem unida e consolidada e por isso solicitamos seu apoio para participar conosco da 4º mesa de discussões – O movimento sindical e a enfermagem.”.
Serviço