Distrital e Coren-DF querem apuração sobre desorganização em concurso para enfermeiro da SES-DF



Por Kleber Karpov

O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) publicou NOTA OFICIAL sobre denúncias de irregularidades em concurso para contratação de enfermeiros para a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), realizado no domingo (23/Jun).  O deputado distrital, Jorge Vianna (PSD), por sua vez quer explicações e fala sobre anulação da prova do concurso, realizado pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), foi alvo de diversas críticas à imprensa, consideradas “gravíssimas”, por parte do Conselho.

Em Nota, o Coren-DF resgatou diversos problemas apontados por candidatos, à imprensa, a exemplo, de superlotação, cadeiras sem identificação, falta de sacos para colocação de celulares, conversas paralelas e, até a distribuição de provas, ainda com candidatos do lado de fora da sala. Denúncias essas que, segundo o Conselho, devem ser devidamente apuradas.

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Confira a nota na íntegra

O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) reputa como gravíssimas as denúncias de irregularidades em relação ao concurso da Secretaria de Saúde, realizado neste domingo, dia 26 de junho de 2022, pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC).
Segundo relatos dados por participantes à imprensa, houve desordem generalizada. Fiscais estavam despreparados, salas estavam superlotadas, cadeiras não estavam devidamente identificadas, não havia sacos para colocar os celulares, candidatos conversavam durante a prova e a aplicação do certame teve intercorrências em diversos lugares.
Outro problema grave foi a aplicação do mesmo tipo de prova para todos os candidatos. Como as salas estavam abarrotadas e não havia fiscalização adequada, há relatos de que havia comunicação entre os participantes durante a aplicação do exame.
É lamentável esse tipo de ocorrência. Um completo desrespeito com o esforço de milhares de pessoas que estudaram e se dedicaram para fazer a prova. Os responsáveis por essa desorganização precisam dar satisfações ao público, que foi gravemente prejudicado.
Se ficarem comprovadas todas essas irregularidades, é necessário avaliar a necessidade de rever o certame. Não pode prevalecer a injustiça.

Apuração

O deputado distrital Jorge Vianna (PSD), que participou do concurso com intenção de fiscalizar o ditame, também quer explicações ao IBF. O parlamentar, nome responsável por denunciar esquemas em realizações de concursos públicos voltados à saúde do DF, chamou atenção para a superlotação dentro das salas de aulas.

“Haviam muitos candidatos, em um espaço físico muito pequeno. Eu estava em uma sala com cerca de 80 pessoas em uma sala que daria para comportar metade, mas recebi denúncia que haviam salas com mais de 100 enfermeiros. Considerando que essas pessoas estavam em uma sala para realizar uma prova, com duração de algumas horas e se levar em consideração, também, que ainda estamos na pandemia do coronavírus, onde, naturalmente, haveria que se respeitar um distanciamento seguro entre os candidatos, estamos a falar de faltas graves.”, ponderou Vianna.

O deputado, questionou ainda a aplicação de uma único modelo de prova, aplicado aos candidatos. O que para o distrital, dentre todas as irregularidades se trata do fator mais grave, que pode resultar em um pedido de anulação da prova. “Nós já formulamos e estamos encaminhando um pedido de explicações ao IBF, pois uma vez constatado irregularidades nós famos pedir a anulação da prova.”.

Recursos em questões de provas

Em um vídeo gravado pelo ex-presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-DF) e professor de escola preparatória de concursos, Dr. Marcos Wesley Feitosa, apontou ainda um outro problema que pode complicar o concurso. Segundo Feitosa, professores gabaritados fizeram a correção da prova e encontraram erros passíveis de apresentação de recursos e até mesmo de cancelamentos.

“Tem muitas questões que cabem recursos, muitas. […] Precisamos realmente anular questões que são ridículas, mal elaboradas, que não têm gabarito, uma vergonha e cansativa essa prova.”, ponderou.



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