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27 dez 2024 00:15


Distrito Federal tem dez atletas nos Jogos Paralímpicos Paris 2024

Todos eles são beneficiados pelo programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte

Nos próximos dias, começam os Jogos Paralímpicos Paris 2024, que serão realizados de 28 de agosto a 11 de setembro. Os olhos do mundo se voltam novamente para a França, onde os atletas com deficiência competirão. O Distrito Federal será representado por dez esportistas na competição, todos beneficiados pelo programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte, em pelo menos três categorias.

Esta edição dos Jogos contará com a maior quantidade de atletas brasileiros em competições internacionais: 280 no total, dos quais 274 fazem parte do programa Bolsa Atleta, ou seja, 97,86% dos convocados. Entre os bolsistas, mais de 63% são beneficiados com a mais alta categoria do programa, a Bolsa Atleta Pódio. Somente no ano de 2023, o valor investido nos atletas das modalidades paralímpicas, referente aos editais de dezembro de 2022 (Bolsa Pódio) e janeiro de 2023 (Bolsa Atleta), foi de mais de R$57 milhões.

Entre os atletas do Distrito Federal, destaca-se o nadador Wendell Belarmino, de 26 anos, natural de Sobradinho. O atleta retorna à delegação brasileira de natação na classe S11 (deficiência visual). Com ótimos resultados nos últimos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, onde conquistou três medalhas (ouro nos 50m livre, prata no revezamento 4x100m livre misto e bronze nos 100m borboleta), Wendell é uma grande esperança de novas conquistas em Paris.

Wendell nasceu com glaucoma congênito, mas o esporte sempre esteve presente em sua vida. Ele começou ainda na infância com o hipismo adaptado, mas foi na natação que se encontrou. Há 11 anos, ele se especializou na modalidade. Com o apoio do Bolsa Atleta, na categoria Bolsa Pódio, o nadador recebe o auxílio do governo federal, através dos recursos do Ministério do Esporte, o que lhe permite se dedicar integralmente ao esporte.

Também na categoria Bolsa Pódio, participam dos Jogos os brasilienses Sérgio Fróes, do hipismo, Carla Maia, do tênis de mesa, e o atleta-guia Wendel de Souza. Desde dezembro de 2023, os atletas-guias, como Wendel, também recebem o apoio do programa do governo, pois influenciam diretamente os resultados em competições paralímpicas.

O goalball é a modalidade paralímpica com mais representantes do Distrito Federal. Ao todo, quatro atletas integram a delegação brasileira: a pivô Ana Gabriely Brito e a ala Jéssica Gomes na seleção feminina, e os alas Leomon Moreno e André Claudio Botelho na seleção masculina. Todos os atletas fazem parte do Bolsa Atleta nas categorias Paralímpica e Internacional. Diferente de outras modalidades, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual.

As atletas do badminton paralímpico, Daniele Souza, e da canoagem, Aline Furtado, completam a equipe de representantes da capital federal. Ambas recebem o benefício do Ministério do Esporte na categoria Bolsa Atleta Internacional.

Ao todo, 4.400 atletas competirão em 22 modalidades esportivas durante os 11 dias dos Jogos. Nas Paralimpíadas, participam atletas com deficiências motoras, amputados, cegos, além de pessoas com paralisia cerebral ou deficiência intelectual. A competição é considerada o terceiro maior evento esportivo do mundo em termos de venda de ingressos, ficando atrás apenas dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo da FIFA.

ANDREY MADEIRA – Treino da Natação em Troyes, cidade onde a delegação brasileira faz aclimatação antes dos Jogos Paralímpicos,na França. Foto: Alessandra Cabral/CPB

Bolsa Atleta

O Bolsa Atleta é um dos maiores programas de patrocínio individual de atletas no mundo. Desde sua criação em 2005 até junho de 2024, já foram investidos R$ 1,77 bilhão em seus beneficiários. Até hoje, 37.595 atletas foram contemplados, e 105 mil bolsas foram concedidas.

O programa garante condições mínimas para que atletas de alto desempenho — que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais — possam se dedicar, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e às competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas.
A categoria Bolsa Pódio, a mais alta do programa, começou a ser paga a partir de 2013. Ela prevê repasses de até R$ 16.629,00 mensais e é destinada a atletas com grandes chances de conquistar medalhas em eventos internacionais, posicionados entre os 20 melhores do ranking mundial em suas modalidades.

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