Dose de reforço passa a ser aplicada seis meses após a segunda dose

Medida vale, a partir desta sexta-feira (29), para os grupos de idosos com 60 anos ou mais e de trabalhadores da saúde



A Secretaria de Saúde anunciou, nesta quinta-feira (28), a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 em idosos com 60 anos ou mais, e profissionais de saúde que completaram o ciclo vacinal há pelo menos seis meses. Até o momento, a dose de reforço já foi aplicada em 104.213 pessoas.

São aproximadamente 85 mil pessoas que englobam esse público. Idosos devem levar documento de identidade com foto e o cartão de vacina. Os profissionais também devem comparecer com um documento que comprove o vínculo, como crachá, carteira de trabalho ou contracheque, além do comprovante de vacinação.

Em coletiva de imprensa, os gestores da pasta também informaram que cerca de 400 mil brasilienses já estão aptos a serem vacinados com a segunda dose (D2). Isso ocorre porque o intervalo entre a primeira dose (D1) e a D2 das vacinas Pfizer-BioNTech e AstraZeneca passou a ser de oito semanas (56 dias).

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“Este é um apelo que a gente faz, que as pessoas possam verificar o seu cartão de vacina e fazer este cálculo. Se você já tomou a sua vacina há pelo menos dois meses você já está apto a tomar essa segunda dose”, afirmou o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos. Para quem tomou a primeira dose do imunizante CoronaVac, está mantido o período de até 28 dias para a segunda dose.

Adolescentes

Os adolescentes também são aguardados nas salas de vacina. Entre o público de 12 a 17 anos do Distrito Federal, são cerca de 60 mil que ainda não tomaram a primeira dose. Até o momento, 77,73% desses jovens já tomaram a primeira dose.

Na coletiva de imprensa, a Secretaria de Saúde alertou para a baixa adesão dos imunossuprimidos para a dose adicional. “Até agora, só nos procuraram 7.891 deste grupo de 26 mil. Então a gente faz aqui um apelo: os imunossuprimidos devem nos procurar e tomar. Todas as vacinas já estão disponíveis”, explicou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.

As pessoas que se enquadram nas comorbidades listadas no site da Secretaria de Saúde devem procurar um local de vacinação 28 dias após a segunda dose ou dose única. Não é preciso agendar: basta levar o cartão de vacina, documento de identidade com foto e laudo ou relatório médico. Para este público, a vacina CoronaVac também está disponível para pacientes com indicação médica desse imunizante.

Com disponibilidade de doses, a Secretaria de Saúde planeja um dia de vacinação em larga escala, quando estarão disponíveis imunizantes para atendimento de todos os públicos. A ação deve ocorrer em novembro e mais detalhes serão divulgados em breve.

Dose para viajantes

O Ministério da Saúde anunciou a aplicação de uma dose de reforço para pessoas que tenham viagem marcada para países que não aceitem a vacina recebida pelo cidadão brasileiro. Por exemplo: a Alemanha exige a vacina da Pfizer-BioNTech, então uma pessoa que tomou duas doses da AstraZeneca e tenha passagens compradas poderá receber uma dose de reforço de Pfizer para realizar sua viagem.

Porém, para o início dessa vacinação a Secretaria de Saúde do DF aguarda o envio de doses específicas para o atendimento desse grupo, uma vez que o próprio Ministério orienta que não haja desvio de finalidade das vacinas já disponíveis.

Cobertura vacinal

O DF já tem 87,15% da sua população acima de 12 anos com a primeira dose e 63,21% já tomaram as duas doses ou a dose única. Ao todo, foram aplicadas até agora quase quatro milhões de vacinas, sendo 2.246.992 como primeira dose; 1.571.501 como segunda dose; 58.313 dose única (Janssen); 104.213 dose de reforço para os idosos e trabalhadores da saúde e 7.891 como dose adicional para os imunossuprimidos.

Nesta quinta-feira (28), foram recebidas mais 5.850 doses da vacina da Pfizer, que serão utilizadas para a segunda dose, e 200 mil doses da CoronaVac divididas entre D1, D2 e reforço.

O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, ressaltou que a vacinação fez com que o Distrito Federal vivesse um cenário bem melhor do que o estimado quando houve a chegada da variante Delta ao Brasil.

“A imunização protege de um possível aumento de transmissão comunitária da variante delta”, explicou o médico. Segundo ele, o Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF) tem registrado uma queda na proporção de testes positivos. “A vacinação é o caminho mais eficiente, de fato”, afirmou.

Flexibilização e cuidado

O secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, foi questionado a respeito das novas flexibilizações das regras no Distrito Federal, como o fim da exigência do uso de máscaras em ambientes abertos. O gestor informou que as decisões ocorrem com a análise de todas as variáveis, como os números da pandemia, a taxa de transmissão e a ocupação dos leitos.

O general Pafiadache ressaltou que a Secretaria de Saúde tem atuado para garantir a existência de leitos para a população, inclusive para promover a retomada de procedimentos eletivos que ficaram suspensos durante a pandemia. “Esses leitos são retaguardas para que a gente interne pacientes com covid e libere leitos para cirurgias nos nossos hospitais”, explicou o secretário.

No caso da covid-19, com base na experiência do que ocorreu entre 2020 e 2021, o secretário diz ser fundamental atuar com prudência para ser possível reforçar o atendimento em caso de necessidade. “Ninguém pode dizer, afirmar categoricamente, que vamos ter ou não vamos ter uma terceira onda. Torcendo para que não haja nada de mais grave, nós da Secretaria vamos trabalhar para que tenha folga [no número de leitos], promovendo sempre a economia de recursos”, garantiu.



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FONTESecretaria de Saúde
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