A ministra da Saúde, Nísia Trindade, realizou na quinta-feira (9/Jan), o lançamento de ações para se antecipar a período de alta da dengue para o ano de 2025. A iniciativa que instalou o Centro de Operações de Emergência (COE) para dengue e outras arboviroses reflete uma atuação proativa do Ministério da Saúde (MS) para auxiliar estados e municípios, além do Distrito Federal a ampliarem a capacidade de combate aos casos de dengue no país. Na ocasião, a ministra fez a leitura do resultado da ação do Distrito Federal, que reduziu, em quase 98%, os casos no DF.
Durante o ato de anúncio do COE e da coletiva de imprensa, Nísia Trindade, fez questão de ressaltar a atuação da secretaria de Estado de Saúde do DF (SED-DF), Lucilene Florêncio, por conseguir reduzir os casos de dengue na capital do país em aproximadamente 98%.
“Nós falamos de cenário, a secretária de Saúde do Distrito Federal que é também da diretoria do Conass [Conselho Nacional dos Secretário de Saúde], ela teve um problema e não pode comparecer. Ela pediu para veicular que houve 97% de redução do número de casos, foi verificado aqui no Distrito Federal comparando comparando janeiro de 2025 com janeiro de 2024. Acho que esse dado, todos vocês acompanharam a explosão de casos no Distrito Federal, então é um dado importante. Também estão em análise 197 casos suspeitos, por enquanto 1% de confirmação em relação a esses casos suspeitos. E dos casos confirmados 97% de redução de 2025 em relação a 2024.”, informou Nísia Trindade.
Dever de casa
Nas redes sociais, Lucilene Florêncio pontuou à ministra da Saúde que o DF “fez o dever de casa”, no que tange o combate à dengue na capital do país. “Conversei com a ministra e disse que fizemos o nosso dever de casa. Investimos em tecnologias, em força de trabalho e também fortalecemos a assistência em saúde. E não vamos nos acomodar. Não é porque tivemos uma diminuição no número de casos neste início de ano que podemos diminuir nossas ações de combate, pelo contrário, temos que continuar trabalhando e investindo para que a dengue não faça mais vítimas.”.
Casos de dengue
No início de dezembro de 2023, o MS anunciou a preocupação em relação a possíveis epidemias de dengue, para o ano de 2024, tanto na Região Centro-Oeste. Preocupação estendida também aos estados do Espírito Santo e Minas Gerais na Região Sudeste.
Dados esses, confirmados no final de dezembro de 2023, por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), ao apontar que o Brasil liderou, naquele ano, o número de casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões registrados, equivalente a mais da metade dos 5 milhões registrados mundialmente. Chama atenção que segundo a OMS, inclusive países sem circulação da doença foram também afetados.
Taxa de incidência
Desde o início de 2024, o DF liderou o ranking de casos de dengue, a taxa de incidência de 9.354,7 casos por 100 mil habitantes, 15% maior que a segunda posição, Minas Gerais com 7.948,90 casos/100 mil, de acordo com dados epidemiológicos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação E-SUS (Sinan/E-SUS) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde (MS).
Casos prováveis
Ao término de 2024, o DF também finalizou o ano com 279.035 casos prováveis de dengue, equivalente a 4,2% dos 6.644.336 acumulados no país. A capital do país ficou atrás de São Paulo com 2.181.372 equivalente a 32,33% dos casos prováveis, Minas Gerais com 1.694.914 (25,51%), Paraná com 655.488 (9,86%), Santa Cataria com 342.754 (5,16%) e Goiás com 333.940 (5,03%).
Óbitos
Em número de óbitos por dengue, o DF finalizou 2024 com 440 mortes registradas, equivalente a 7,28% dos 6.041 registrados em todo país. Número esse que colocou o DF na quarta posição, atrás de São Paulo com 2.058 equivalente a 33,3%, Minas Gerais com 1.121 (18,6%) e Paraná com 729 (12,7%).
No entanto, vale ressaltar, que em
Causa e efeito
Embora o DF tenha finalizado 2014 com números inferiores a alguns estados brasileiros é importante ressaltar que tal resultado é fruto do empenho dos governadores do DF, de Lucilene Florêncio à frente da SES-DF, e da equipe de governo.
Importante salientar que tão logo tenha tomado conhecimento dos receios do MS em relação à região Centro-Oeste, Lucilene Florêncio, mobilizou o governo e deu início a uma gama de ações, ainda em dezembro de 2023, e ao longo dos primeiros meses de 2024, para reduzir drasticamente os números desfavoráveis à capital do país no ranking dos casos prováveis, incidências e óbitos.
Para situar, em 1 de março, por exemplo, o Distrito Federal registrou 77 óbitos, equivalente a 108% a mais que o estado de Minas Gerais com 37 mortes, e 120% a mais que Goiás, na terceira posição, com 35 mortos, de acordo com dados do Sinan/E-SUS.
O DF também ocupava a primeira posição com uma taxa de incidência de 3.647,7 pessoas infectadas pelo vírus, a cada 100 mil habitantes, equivalente a 106%, a mais, quando comparado a Minas Gerais, nas segunda posição com 1.765,6 pessoas e 248% comparado ao Espírito Santo, com coeficiente de 1.047,9 pessoas. Em números de casos prováveis, o DF ocupa a terceira posição com 102.797 casos, atrás de Minas Gerais com 362.624 e São Paulo com 78.151.