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23 nov 2024 20:13


E agora, Rodrigo? Falou o que não devia e colheu o que não queria

Adversários reagem a críticas

Cristovam, Renato Santana, Frejat e Chico Vigilante rebatem posições defendidas por Rollemberg em entrevista publicada ontem no Correio. Declarações afastaram ainda mais antigos aliados que já trilhavam caminhos diferentes nas alianças eleitorais.

Retrocesso político

Sobre o pré-candidato ao Palácio do Buriti Jofran Frejat (PR), também houve alfinetadas. Rodrigo Rollemberg disse que “a população está vendo as construções e os aliados de cada candidato”, em referência ao fato de a campanha ser costurada pelo ex-governador José Roberto Arruda (PR) e pelo ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB), denunciados pelo superfaturamento do Estádio Nacional Mané Garrincha, na Operação Panatenaico.

Em resposta, o ex-secretário de Saúde saiu em defesa dos aliados e alegou que o governador “foi infeliz nas colocações”. “Eu nunca participei de nenhum governo deles. Não tenho outra relação a não ser a de apoio. Apoio, você recebe e aceita. E outra: já foram julgados e condenados? Houve inúmeros casos de alvos de investigação que acabaram absolvidos. Não cabe a nós julgá-los”, pontuou.

Frejat ainda fez uma analogia aos casos de corrupção descobertos no segundo escalão da gestão socialista. “E o pessoal do DFTrans do Espírito Santo que participou da gestão? Veio por convite ou disco voador? Não digo que a culpa seja de Rollemberg, mas eles participaram do governo”, afirmou.

O ex-secretário de Saúde também ressaltou que, por trás das críticas à sua chapa, não há fundamentos jurídicos, mas políticos. “Ele foi eleito, em 2010, numa chapa em que grande parte dos que ele condena o apoiaram, como Agnelo, Filippelli e Cristovam. Não prestam mais porque escolheram se aliar a outros políticos?”, questionou.

Espólio petista

Eleito deputado federal em 2006 e senador em 2010 com o apoio do PT, Rodrigo Rollemberg disse não desejar firmar uma aliança com o partido outra vez.

Na visão do governador, “grande parte da crise que o país está vivendo é de responsabilidade petista”. Petistas não gostaram.  “Ele destoa dos outros governadores do PSB, como Paulo Câmara (Pernambuco) e Ricardo Coutinho (Paraíba), que estiveram em Curitiba para visitar o ex-presidente Lula, em ato de solidariedade.

Justamente Rollemberg, que fez parte do governo Lula como secretário no estratégico Ministério de Ciência e Tecnologia durante a gestão do ministro Eduardo Campos”, lembrou o distrital Chico Vigilante, em nota.

Para o parlamentar, o governador “tenta mascarar sua incapacidade política atacando os outros”. Vigilante desqualificou as melhorias apontadas por Rodrigo Rollemberg, como a universalização de educação infantil para crianças de quatro e cinco anos, o alto número de escrituras entregues e a otimização da Saúde.

“Acredito, após todas as declarações dadas na entrevista, que ele more em outro planeta, ou não viva no Distrito Federal. Seria bom que, nestes últimos sete meses de governo, ele pare de perseguir os sindicatos e trabalhadores e passe a governar, coisa que ainda não fez”, concluiu.

Fonte: Blog do Poliglota via Deputado Chico Vigilante / Politicadocerrado.com e Correio Braziliense

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