E o circo está pegando fogo no parlamento distrital

Reprodução da Internet
Roney Nemer é condenado por improbidade administrativa por envolvimento no chamado Mensalão do DEM


Na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) os deputados insistem a manter o texto original do Projeto de Resolução (PR) 81/2014. Com isso somente após esgotar todos os recursos na Justiça, os parlamentares poderão pedir a cassação por falta de decoro parlamentar dos colegas. A medida é considerada antidemocrática e foi repudiada por organismos da sociedade civil.

Por outro lado, a população garantiu ter voz junto ao parlamento na CLDF. Após reunião das lideranças (18), a deputada Eliana Pedrosa (PPS) apresentou emenda ao PR 82/2014, em que acaba com a restrição do cidadão pedir entrar com representação contra os parlamentares por falta de decoro. Celina Leão (PDT), Robério Negreiros (PMDB) e Professor Israel Batista (PV)  PR 82 solicitaram a retirada das assinaturas do PR, o que deve inviabilizar a votação do Projeto.
Enquanto isso a 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou o deputado distrital, recém-eleito federal, Rôney Nemer (PMDB), por improbidade administrativa. Isso por ser apontado na Operação Caixa de Pandora, como um dos envolvidos no esquema de pagamento de propina a políticos entre 2006 e 2009, no chamado Mensalão do DEM. Essa reviravolta pode colocar o então deputado distrital, Alírio Neto (PEN), na cadeira de titular na Câmara Federal (CF).
Alírio que já devia estar feliz com a blindagem em tramitação na CLDF, pois assim como Liliane Roriz, responde a processos judiciais. Talvez com essa sobrecarga de alegria o Distrital dê um pouco de trégua ao governador eleito, senador, Rodrigo Rollemberg (PSB). Isso porque a ‘santa ajuda’ proclamada em plenário, está cheirando a jogada de ‘amigo da onça’.
Em plenário (18), talvez por saudade da CLDF, uma vez que atuou no GDF enquanto secretário de Justiça, Alírio sugeriu a retirada ‘da gaveta’, de quatro projetos, já pálidos de tanto tramitar na Casa, para colocá-los em votação, antes do término da legislatura. A proposta de Alírio foi defendida por Olair Francisco (PTdoB), mas refutada por Celina Leão (PDT). Celina lembrou que os parlamentares tiveram quatro anos para votarem os projetos e não o fizeram e sugeriu que deixassem tal decisão nas mãos, ou votos, dos próximos deputados que devem assumir a Casa em fevereiro.
Mas nem tudo é alegria no picadeiro, alguns parlamentares se veem situações delicadas. Esse é o caso de Wellington Luiz (PMDB). O Conselho Especial do TJDFT acolheu denúncia do Ministério Público do DF, por peculato e fraudes em licitações, contra o parlamentar por suposto envolvimento em desvio, em 2012, de R$ 105 mil de emenda parlamentar para um evento esportivo na Administração Regional do Varjão. O deputado nega a acusação, mas ficou apenas com a suplência nas últimas eleições, não deve se beneficiar com a blindagem na CLDF.

 



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