Eleições do Coren: A união faz a força e consolida a importância do papel da Enfermagem no país

Eleições online ocorrem durante período de 24 horas, a partir das de 8 horas, do dia 8 de novembro



Por Kleber Karpov

No Domingo (8/Nov), tem início as eleições para escolha dos novos conselheiros representantes do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (COREN-DF), assim como dos demais estados brasileiros, com exceção de Tocantins que aconteceu em 2019. O caso chama atenção por se tratar de momento ímpar, na conjuntura politica do país, para o fortalecimento das categorias de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.

No DF, durante a semana, o deputado distrital, presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa do DF (CLDF), Jorge Vianna (Podemos), egresso das carreiras de enfermeiro e técnico em enfermagem, se manifestou sobre as eleições. Em uma exposição emblemática, Vianna condenou a prática de fake News, abordou a necessidade de união das categorias, questionou a segregação e, principalmente, abordou a necessidade de fortalecimento da Enfermagem.

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Fake News

Um dos temas abordados por Vianna, foi a condenação da prática de fake news, durante o processo eletivo dos CORENs. “Em uma eleição, existe muita disputa, briga e baixaria. Isso é muito ruim porque a gente se expõe para a sociedade. Não achem que só a enfermagem fica vendo essas coisas.  Todo Brasil fica vendo, e isso denigre a imagem. A gente tem que fazer com que a profissão seja reconhecida e respeitada por todos.”, disse.

Nesse contexto, por exemplo, o COREN-DF, reagiu a declarações do enfermeiro e ex-presidente do Conselho, Wellingon Antônio da Silva, atual representante da Chapa 2, durante a entrevista concedida ao site de notícias, Agenda Capital (Veja Aqui). Embora não tenha mencionado o termo fake News, a atual gestão do COREN-DF, classificou de “leviano, irresponsável e antiético.”, o que apontou ser político de óbitos de profissionais de enfermagens, vítimas do coronavírus (COVID-19) (Veja Aqui). Isso porque em entrevista, Silva afirmou que o COREN-DF deixou a categoria desassistida, com a chegada da pandemia do coronavírus.

Segregação

Vianna questionou o formato do processo eletivo dos CORENs, composto por duas chapas distintas de enfermeiros e, de auxiliar e técnicos em enfermagem. “Acho que todos nós deveríamos votar em um chapa só, composta por técnico e enfermeiro. Não podemos segregar mais ainda, enfermeiro vota em enfermeiro e auxiliar e técnico vota em auxiliar e técnico na enfermagem.”, disse ao questionar também a eleição indireta dos presidentes.

O deputado questionou ainda a eleição, indireta, do presidente dos CORENs. “Eu acho que nós deveríamos votar no presidente.  Hoje o sistema você vota nas chapas, e ali as duas chapas, o quadro um e dois, fazem eleição para escolher o presidente, ou seja o voto é indireto, chega a ser até inconstitucional.”, disse Vianna.

Eleições

Conforme publicitou o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) as eleições devem ocorrer online, por meio do site www.votaenfermagem.org.br, das 8 horas, do dia 8 de novembro, até as 8 horas do dia seguinte.

Opinião: Fortalecimento da Enfermagem

O discurso de Vianna, que declara apoio a Chapa 1, em relação a necessidade de mudanças de paradigmas, em relação a eleição dos CORENs, vai ao encontro com a necessidade de fortalecimento da Enfermagem, enquanto categoria profissional, a ser respeitada pela importância do trabalho desenvolvido.

Nesse contexto, alguns pontos servem para ilustrar tal importância. Um deles, a própria eleição de Vianna, em que o deputado apresentou e já teve aprovados, projetos de leis importantes não apenas à categoria da Enfermagem, mas aos servidores da Saúde do DF.

Dentre esses, a LEI 6393/2019, que institui a Política Distrital de Segurança e Saúde no Trabalho (PDSST), ou ainda a LEI 6300/2019 que Assegura a disponibilização de profissional apto a se comunicar na Língua Brasileira de sinais – Libras nas unidades e nos órgãos da rede pública de saúde, que prestam atendimento à população.

Ou ainda, a interlocução de Vianna, junto o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que culminou na retomada do pagamento da Gratificação de Atividade Técnico Administrativa (GATA); garantiu a manutenção, em 2020, de residências de médicos e enfermeiros na Escola Superior de Ciências de Saúde (ESCS), ou ainda resultou na criação do plano de saúde dos servidores públicos do DF.

Vale observar que, se um lado, ter uma âncora no Legislativo, passou a beneficiar a Enfermagem, por outro, a pandemia do coronavírus demonstrou a necessidade de haver instituições fortes, seja para fiscalizar a atuação e condições de trabalho dos profissionais nas unidades de saúde, ou para atuar em defesa das categorias, em reação a barbáries.

Dois bons exemplos dessa atuação se deram com ataques aos profissionais de enfermagem, durante manifestação pacífica no Congresso Nacional em que dois extremistas atacaram os profissionais de saúde que homenageavam os colegas, mortos, vítimas da Covid-19.

Ou mais recentemente, em vídeo que viralizou na internet de um médico que publicou, na rede social, Instagram, vídeo com insultos a categoria da enfermagem. Atos esses que se contrapuseram ao reconhecimento da importância da Enfermagem na luta contra a pandemia e exigiram a ação dos CORENs.

Sob essa ótica, a história demonstra que, mais que meros concorrentes a um processo de disputa eleitoral, o compromisso com a ética, a união e o reconhecimento da categoria são extremamente importantes. E para que isso aconteça também se torna imprescindível que tais profissionais, à frente dos conselhos, contem com apoio consolidado em esferas políticas e de entidades ligadas a saúde.



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