Pela primeira vez, representante do Ministério da Saúde esteve presente no Comitê Diretivo da Cúpula Global Ministerial sobre Segurança do Paciente, da OMS
Por Luíza Tiné
A segurança dos pacientes e dos trabalhadores das unidades de saúde é de grande importância em todo o mundo. Também é fundamental para um sistema de saúde fortalecido. Não à toa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu 17 de setembro como o Dia Mundial da Segurança do Paciente.
O Brasil conta com o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), criado para contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional.
Foram as experiências acumuladas após a implantação do Programa que levaram o Ministério da Saúde a participar da Reunião do Comitê Diretivo da Cúpula Global Ministerial sobre Segurança do Paciente, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aconteceu no mês de junho deste ano, em Genebra, na Suíça.
“Essa foi a primeira participação do Ministério da Saúde no Comitê, pelo desenvolvimento do Programa Nacional de Segurança do Paciente e por suas potências contribuições. Pudemos exemplificar várias atividades realizadas no Brasil, inclusive a experiência da Campanha ‘Abril pela Segurança do Paciente’, realizada anualmente desde 2015”, explica o coordenador geral de Atenção Hospitalar e Domiciliar -CGAHD do Ministério da Saúde, Rafael Leandro de Mendonça, representante do Ministério no evento.
De acordo com o coordenador, durante a reunião, foi possível ter um panorama global sobre a evolução dos cuidados de saúde do paciente e como os sistemas de saúde operam cada vez mais em ambientes complexos. “Enquanto novos tratamentos, tecnologias e modelos de cuidados podem ter potencial terapêutico, eles também podem representar novas ameaças ao cuidado seguro. A segurança do paciente está sendo agora reconhecida como um grande e crescente desafio global de saúde pública”, destaca.
Segundo a OMS, o dano ao paciente devido a eventos adversos provavelmente será uma das 10 principais causas de morte e incapacidade no mundo. Aproximadamente dois terços da carga global de eventos adversos resultantes de cuidados inseguros ocorreram em países de baixa e média renda.
Para que esse número não aumente, as trocas de experiências sobre as ações implementadas atualmente em alguns países, inclusive no Brasil, foram debatidas na reunião. “Nós tivemos a oportunidade de dar a nossa contribuição em relação ao que a gente faz hoje. Isso mostra que estamos muito à frente de alguns em relação às nossas políticas de segurança do paciente. Além disso, vi o que podemos melhorar aqui”, destacou o coordenador Rafael Mendonça.
Após esse encontro, os países receberão um relatório final divulgando o slogan e o design visual do dia mundial. “A partir desse relatório que o Ministério da Saúde começa a desenvolver ações para aprimorar o que já está sendo feito nos hospitais, nas clínicas e nos estabelecimentos de saúde”, finaliza.
Fonte: Agência Saúde / Blog da Saúde