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22 nov 2024 10:38


Em menos de dois meses, PCDF tem 47 aposentadorias e nenhuma nomeação

Governador Rodrigo Rollemberg anunciou nova convocação. No entanto, ainda não foi nomeado nenhum dos 67 escrivães e 358 agentes de polícias

A comissão de aprovados no concurso de 2014 da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) tem acompanhado as publicações do Diário Oficial do DF e evidenciado as constantes aposentadorias de servidores da instituição – sem a contrapartida de novas nomeações.

Segundo o último levantamento da comissão, 41 policiais civis, além de seis delegados, já se aposentaram desde o início do ano. Apenas com as aposentadorias publicadas na última quarta-feira, 17, ficaram vagos 20 novos cargos na PCDF.

Até o fim de 2016, é esperado que cerca de 400 policiais completem o tempo de serviço, intensificando ainda mais o déficit no quadro da instituição – que atua hoje com menos de 50% da sua capacidade de recursos humanos.

No último mês de janeiro, durante a solenidade em que decretou a criação de uma delegacia de combate à intolerância, o governador Rodrigo Rollemberg anunciou a convocação de parte dos aprovados. Até o fim de fevereiro, segundo ele, seriam nomeados 20 escrivães e 100 agentes de polícia.

“Estamos avaliando como está avançando o orçamento e a nossa arrecadação para, nas próximas semanas, apresentar um cronograma de contratação de novos profissionais da segurança pública”, comunicou Rollemberg na ocasião.

Até o momento, no entanto, não foi nomeado nenhum dos 67 escrivães e 358 agentes de polícias que já passaram pela Academia de Polícia e estão aptos ao trabalho. Cerca de um mês depois do anúncio, o cronograma prometido também não foi apresentado.

“Ainda que todas as nomeações pendentes sejam feitas, só será coberto parte do total de policiais recentemente aposentados. É um total muito distante da quantidade de cargos vagos na Polícia Civil do DF, que, hoje, ultrapassada os quatro mil”, observa Rodrigo Franco, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF).

“Precisamos que o governador e a Direção Geral da Polícia Civil estejam dispostos a um diálogo mais aberto com o sindicato, para que possamos construir um caminho que sedimente melhorias reais de trabalho para os policiais civis, que estão há seis anos sem uma recomposição salarial e com um efetivo menor que o do ano de 1993”, acrescenta Gaúcho.

Sobre o Sinpol-DF

Fundado em 1988, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal representa agentes de polícia, médicos legistas, peritos criminais, escrivães, agentes policiais de custódia e papiloscopistas na defesa dos interesses de classe e no relacionamento com governos Distrital e Federal, e com a Câmara Legislativa do Distrito Federal e o Congresso Nacional. A atual diretoria assumiu em maio de 2014 e entre os principais pleitos estão: a valorização profissional, a reestruturação da carreira e o, recém adquirido, reconhecimento de todos os cargos que compõem a carreira de Polícia Civil como de nível superior.

Fonte: Ascom Sinpol

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