Por Kleber Karpov
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), afastado da função, a por força de decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, publicou nota nesta segunda-feira (9/Jan), em que afirma acatar a decisão da Corte e ratificou a confiança das instituições democráticas.
O afastamento ocorrem em razão da invasão de terroristas bolsonaristas às dependências das instituições dos três poderes da República, na tarde de domingo (8/Jan), na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Sobre o episódio, Rocha afirma ter agido “com rigor, de forma a proteger não apenas o patrimônio, mas a honra do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, como na tentativa de invasão de maio de 2020, quando várias pessoas foram presas”, muito embora, episódios divulgados pela mídia, bem como exposição do ministro da Justiça, Flávio Dino, apontam que o chefe do Palácio do Buriti, possa ter sido vítima de articulação de terceiros.
Muito embora, dentre os motivos que tenha levado ao afastamento de Ibaneis, seja a divulgação de reiteradas tentativas de aviso para que tomasse cuidado com as ações do governo, em especial em relação à segurança pública do DF.
Em especial, por força de diversos anúncios públicos realizados pelos terroristas, nas redes sociais, somado ao episódio da tentativa de explosão de um caminhão tanque, de combustível, nas proximidades do aeroporto, algumas semanas antes.
Confira a Nota de Ibaneis na Integra
Nota
“Diante do grave episódio de invasão das sedes dos três poderes da República neste domingo e das providências já adotadas pelo Executivo Federal e Judiciário, venho a público reafirmar e minha inabalável defesa e crença nas instituições, no Estado de Direito Democrático, na observância das leis e da Constituição, princípios que forjaram a minha carreira de advogado e homem público.
Confio que ao curso da apuração de responsabilidades será devidamente esclarecido o papel de cada um dos agentes públicos, bem como a inteira disposição do Governo do Distrito Federal no sentido de evitar todo e qualquer ato que atentasse contra o patrimônio público de nossa Capital, jamais esperando que a situação atingisse o ponto a que, infelizmente, assistimos.
Além do mais veemente repúdio às cenas de barbarismo amplamente divulgadas, necessário se faz buscar, sim, a responsabilização de toda a rede que possa existir de financiamento de atos antidemocráticos, observando-se, por óbvio, o devido processo legal.
Reitero a minha inteira solidariedade aos presidentes e integrantes dos Poderes constituídos, na certeza de que sairá a democracia fortalecida perante aos olhos do mundo, do povo do Distrito Federal e de todo o Brasil.
Em outros momentos graves, agi com rigor de forma a proteger não apenas o patrimônio, mas a honra do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, como na tentativa de invasão de maio de 2020, quando várias pessoas foram presas.
Respeito a decisão do ministro Alexandre de Moraes, mas reitero minha fé na Justiça e nas instituições democráticas. Vou aguardar com serenidade a decisão sobre as responsabilidades nos lamentáveis fatos que ocorreram em nossa capital.”
Com o afastamento de Rocha, a vice-governadora do DF, Celina Leão (Progressista) assumiu o comando do Distrito Federal, por um período de 90 dias. Segurança Pública do DF, por força de decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se encontra sob responsabilidade do governo federal.
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