Em primeira mão: CPI da Previdência pede indiciamento do ministro da Fazenda e do ministro-chefe da Casa Civil



Para relator da CPIPREV, Henrique Meirelles e Elizeu Padilha mentem e utilizam recursos públicos para disseminar mentiras à população brasileira

Por Kleber Karpov

Após cerca de 10 horas de leitura do Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência (CPIPREV), o relator, senador Hélio José (PROS-DF), pediu o indiciamento do ministro da Fazenda, Henrique de Campos Meirelles e o do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

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Embora tais pedidos não constassem no relatório final da CPIPREV, durante a leitura, o relator solicitou a inclusão na lista de encaminhamentos dos indiciamentos de Meirelles e Padilha. A justificativa é que Meirelles “apresentou uma série de dados mentirosos” sobre a previdência e Padilha, por sua vez, utilizou recursos da Secretaria de Comunicação “para fazer propaganda contra o povo brasileiro”.

A inclusão dos ministros ocorre após relator afirmar que o sistema previdenciário brasileiro não é deficitário. “Esse déficit é uma conta forçada porque a previdência faz parte de um tripé chamado Seguridade Social, que custeia a Previdência, a Assistência Social e a Saúde. As contas que o governo apresentou para justificar o déficit são irreais e inverídicas. Tanto que conseguimos barrar o encaminhamento da PEC 287/2016, da Reforma da Previdência, na Câmara dos Deputados, por total inconsistência dos dados encaminhados pelo governo”, disparou Hélio José.

O senador afirmou ainda que o relatório da CPIPREV, além de desmentir o suposto déficit da previdência acaba com a possibilidade de o governo tentar imputar o rombo no sistema previdenciário brasileiro aos servidores públicos, trabalhadores da iniciativa privada, aposentados ou pensionista, além de apontar os verdadeiros culpados pelo suposto ‘rombo’ da previdência.

“Desde o início da CPI da Previdência, eu, enquanto relator da CPI e o senador Paulo Paim que presidiu a CPI prometemos abrir a ‘caixa preta’ da CPI da Previdência. Investigamos por quase seis meses, ouvimos todas as partes, inclusive o próprio governo para constatar o que já sabíamos, que esse ‘rombo’ é fictício. E qualquer referência, por parte do governo  nesse sentido deve ser atribuído aos grandes devedores da previdência, como a JBS/Friboi, como as grandes instituições financeiras que operam no país, com dívidas bilionárias e, que o Estado tenta jogar a culpa nos trabalhadores.”, concluiu.

CPIPREV

A CPI ouviu cerca de 100 convidados em 32 audiências públicas realizadas no Senado Federal.  O senador Paulo Paim (PT), presidente da CPIPREV, estabeleceu um prazo de até cinco dias. Paim explicou que pretende construir um acordo com os senadores, de modo a tentar colocar o relatório final na terça ou quarta-feira da próxima semana.

Se aprovado, o relatório final da CPIPREV será submetido à aprovação do plenário do Senado Federal.

As outras partes

Política Distrital solicitou informações aos ministros da Fazenda e da Casa Civil e aguarda posicionamentos dos dois ministérios.

Atualização: 24/10/17 as 1h31 



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