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22 dez 2024 08:17
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Em primeira reunião do ano, Conselho de Saúde debate medidas de combate à dengue

Formas de otimização e melhorias no atendimento a pacientes de hanseníase também foram foco do encontro



Por Larissa Lustoza

Na manhã desta terça-feira (20), o Conselho de Saúde do Distrito Federal (CSDF) se reuniu para o seu 518º encontro, o primeiro deste ano. O órgão representa profissionais, usuários, gestores e prestadores de serviço em Saúde. Entre os assuntos conversados, o combate à dengue e o cuidado da hanseníase foram os principais focos da sessão.

Durante o encontro, a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, destacou as ações tomadas para o combate do mosquito da dengue, cujo crescimento na capital federal envolve múltiplos fatores: alterações climáticas, aumento da população e resistência do inseto e do ovo.

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Entre as medidas tomadas contra a doença, a Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria a outros órgãos do governo distrital, tem realizado sucessivos “Dias D” de combate à dengue em locais de maior incidência de casos. Somado a essas ações, há ainda a busca constante por possíveis criadouros e a ampliação do acesso a tratamento por meio de tendas de hidratação e de horários estendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

“Não houve e não há passividade. Um mosquito que se apresentou de uma forma em outubro de 2023 e de outra maneira em janeiro de 2024 fez a gente lançar mão de todas as medidas possíveis”, assegurou a gestora de Saúde.

No encontro, a secretária de Saúde destacou as ações tomadas para o combate à dengue e os fatores que favoreceram o crescimento do mosquito no DF. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Presente na reunião, o secretário de Vigilância Sanitária, Fabiano dos Anjos, alertou também sobre a gravidade da doença e da importância da vacinação, realizada inicialmente para a faixa etária de 10 a 11 anos, conforme orientações do Ministério da Saúde. “A imunização tem um papel fundamental. Nos preocupa a cobertura de 27,3% do público elegível ao imunizante”, detalhou.

Hanseníase

Outro tópico dominante do encontro foram os cuidados e a rede de atendimento de hanseníase. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, o tratamento dura de 6 a 12 meses, dependendo do diagnóstico. A doença, caso não tratada, pode gerar lesões neurais capazes de gerar deficiências físicas. Em 2023, o DF registrou 165 casos confirmados.

Conforme explicou a Referência Técnica Distrital (RTD) em Dermatologia, Fernanda Duran, um dos desafios da hanseníase decorre da semelhança com outras enfermidades. “É uma doença difícil porque simula diversas outras. Hoje, não há nenhum paciente esperando atendimento com dermatologista na Atenção Secundária, então, nossa maior energia tem de ser direcionada à capacitação e matriciamento da Primária”, explicou a especialista.

O tópico sobre a capacitação foi reforçada, inclusive, pelo professor doutor em dermatologia da Universidade de Brasília (UnB), Ciro Martins Gomes: “O apoio da educação em massa para a Atenção Primária em Saúde economiza dinheiro e evita a sequela permanente dos pacientes”, complementou.

 



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FONTEAgencia Saúde DF
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