Auditores Fiscais Federais Agropecuários do Aeroporto de Maceió (AL) apreenderam (06/Ago), 15kg de carne suína de um só passageiro desembarcado de voo proveniente de Portugal. A Vigilância Agropecuária do Ministério da Agricultura (Vigiagro) vem intensificado suas ações desde agosto de 2021, quando o primeiro foco de peste suína africana foi identificado no continente americano. Apenas no segundo semestre de 2021, o aeroporto de Guarulhos, o mais movimentado do país, já registrou a apreensão de quase meia tonelada de derivados de carne suína e produtos com risco de transmissão da doença.
O Sindicato que representa os Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), alerta que a falta de auditores compromete os serviços de fiscalização de voos internacionais. De acordo com o Sindicato, em 2000 o Brasil contava com 4.040 auditores em atividade. Em 2022 conta com 2.484. A categoria estima um déficit de 1.620 fiscais hoje no país.
Segundo o Presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo, “as atividades desenvolvidas pelo Vigiagro são imprescindíveis para o Brasil porque envolvem a fiscalização de produtos de origem animal e vegetal, a fim de impedir a entrada e a circulação de pragas e doenças no sistema agropecuário nacional”.
A Peste Suína Africana é inofensiva para o ser humano, mas tem o potencial de dizimar rebanhos suínos. O Brasil é livre da doença desde a década de 70. O prejuízo econômico de um foco da doença seria desastroso para o setor e para a economia nacional, quarto maior produtor e exportador mundial de carne suína. Segundo estudo da Embrapa citado pela Fundação Getúlio Vargas, o prejuízo estimado seria de 5,5 bilhões de dólares apenas no primeiro ano.