Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em frente à emergência do Hospital de Base do DF (HBDF), na manhã desta segunda-feira (31/Ago), os servidores da Enfermagem decidiram devolver e parar de fazer Horas-Extras em todas as unidades de saúde do DF. A decisão ocorre em decorrência do atraso de pagamento das horas trabalhadas adicionais de maio, em atraso há mais de 15 dias. Os servidores também se manifestaram nos hospitais regionais de Sobradinho (HRS) e Samambaia (HRSam).
Com a decisão, de acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF), Jorge Vianna, a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) deverá ter a capacidade de atendimento reduzida em salas de traumas, emergências, Unidades de Terapias Intensivas (UTIs), Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) além do serviço de traslado e resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Segundo Vianna: “A situação é preocupante, pois com a assembleia promovida pelos sindicatos que representam os profissionais de enfermagem da Secretaria de Saúde, tanto o Sindate-DF quanto o Sindicato dos Enfermeiros homologaram a recomendação anterior de deixar de fazer as horas-extras. Nós sabemos que o Governo tem problemas com caixa, mas os servidores não podem pagar o preço pelas irresponsabilidades dos governos, principalmente, quando o GDF os trabalhadores assistem o GDF gastando tanto com outras demandas não prioritárias e a saúde fica à mercê da própria sorte.”, afirmou.
Apoio da CLDF
Vianna observa ainda que ainda pela manhã representantes da Enfermagem devem se reunir com a presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF), Celina Leão (PDT), para pedir apoio do Legislativo em relação aos pagamentos dos servidores. “Estamos na iminência de ter, além do atraso das horas-extras, também atraso do pagamento dos servidores relativo em agosto e se os deputados não fizerem alguma coisa, o cenário tende a piorar.”.