Por Kleber Karpov
Uma enfermeira, não identificada, do Hospital Regional de Ceilãndia (HRC) passou por uma série de agressões verbais e ameaças, por parte da mãe de um paciente. O caso ocorreu, durante a madrugada de sexta-feira (6/Out), ocasião em que a profissional de saúde estava a trabalhar na triagem da pediatria do HRC. O filho da agressora, com classificação de risco verde, se revoltou em decorrência de restrição de atendimento às classificações laranjas e vermelhos.
Transtornada, a agressora fez diversas ameaças de de ‘pegar’ a enfermeira, após a saída, com o término do horário de plantão da profissional de saúde. Além de desdenhar quando foi informada que a polícia seria chamada.“Chama camburão nessa porra achando que eu tenho medo de polícia, aqui nessa desgraça. Pensa que eu vou sair, que eu vou ‘arredar o pé’ daqui? [….] Vamos ver se esses vermes ‘vai’ vir me segurar”[SIC].
Causa
De acordo com informações da enfermeira e da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), que repudiou o caso, a confusão ocorreu após o filho da mulher ser classificada como verde, uma vez que o atendimento estava restrito as classificações laranja e vermelho.
“A mãe de uma criança classificada como verde queria que a enfermeira da triagem mudasse a classificação para que ela fosse atendida de imediato, o que não é permitido. Diante do fato, a mãe da criança se irritou, iniciou uma série de xingamentos e graves ameaças contra a profissional classificadora.”, apontou a SES-DF.
Trauma
De acordo com a SES-DF, Segundo a pasta, a profissional alvo das ameaças, registrou Boletim de Ocorrência, na delegacia e, por questões de segurança, foi afastada e pode não voltar ao trabalho. “Após o plantão, a enfermeira registrou queixa na delegacia. Está afastada 45 dias por motivos de saúde. Provavelmente, não terá condições emocionais de retornar para a mesma função após seu retorno”, concluiu a pasta.