Por Ana Paula Oliveira
Uma enfermeira foi vítima de agressões físicas e verbais na segunda-feira, (3), enquanto trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas, no Distrito Federal. A profissional foi golpeada com um soco no rosto e recebeu arranhões da filha de uma paciente.
De acordo com a profissional, a acompanhante gritava cobrando o atendimento. “E, aí. No que eu virei para poder guardar o glicosímetro, que é o aparelho verificador de glicemia que eu tinha visto para a mãe dela, recebi um soco no rosto. E ela falou para mim: ‘Isso é o que você merece’”, relata a enfermeira.
A profissional de saúde relatou, também, que faltou médico na UPA e a prioridade no atendimento era para os casos gravíssimos, classificados como vermelhos. A mulher estava classificada como laranja. A vítima afirmou que se não fosse pela ação do segurança do hospital as agressões teriam sido mais violentas. “Eu acredito que, se o segurança não estivesse lá, eu teria sido espancada mesmo”, disse a enfermeira.
A vítima passou por exame de corpo delito e registrou Boletim de Ocorrência relatando os fatos. “A gente vê nas reportagens isso acontecendo direto, mas nunca imagina isso acontecendo com a gente”, afirma. O caso foi encaminhado para a 27ª Delegacia de Polícia do Recanto das Emas e a acompanhante da paciente negou ter agredido a enfermeira.
Repercussão
O deputado distrital Jorge Vianna (Podemos), que é enfermeiro e defensor da categoria, publicou nas redes sociais a sua indignação. E ressaltou que os enfermeiros e enfermeiras, que atuam na linha de frente são os mais expostos a esse tipo de situação e precisam ser protegidos.
A culpa sempre é da enfermagem!!!
Não tem médico, a culpa é da enfermagem!!
Não tem remédio, a culpa é da enfermagem!!!
Não tem vagas, a culpa é da enfermagem!!
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O diretor do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate) Newton Batista também divulgou o caso e afirmou que o departamento jurídico do sindicato está à disposição da enfermeira.
Até quando Profissionais de enfermagem serão tratados dessa forma?
Lugar de agressores é na cadeia!!
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Polícia Militar nos Hospitais do DF
Em novembro do ano passado, a Secretaria de Saúde anunciou uma parceria com a Secretaria de Segurança Pública com o intuito de reforçar a segurança nas unidades de saúde do Distrito Federal, justamente para evitar esse tipo de violência contra os profissionais de saúde. Ações seriam colocadas em prática, ainda em 2021, mas, pelo ocorrido, certamente, o reforço prometido não ocorreu.