Enfermeiras do HRT eternizam o momento do parto por meio da arte

A equipe faz o carimbo da placenta e o entrega à mãe após o nascimento do bebê



Iniciativa faz parte das atividades educativas desenvolvidas pela equipe de enfermeiras obstetras do hospital

Para tornar ainda mais especial a lembrança do parto, a equipe de enfermeiras obstetras do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) decidiu eternizar o momento com o carimbo da placenta das pacientes que dão à luz no local. Entregue às mães logo após o nascimento do bebê, o presente é uma arte comum entre as enfermeiras obstetras e faz parte das ações educativas sobre a gestação e o parto.

Lembrança é quase um documento artístico do momento em que a criança chegou ao mundo | Fotos: Divulgação/Agência Saúde

“Geralmente oferecemos o carimbo de placenta durante os partos de risco habitual, como uma maneira de eternizar o parto e torná-lo ainda mais humanizado, além de ser uma ação educativa para a mulher conhecer o órgão, expelido pelo corpo após o nascimento”, explica a enfermeira obstetra Fernanda Garcia, uma das idealizadoras da ação.

Atualmente, 15 enfermeiras obstetras atuam no centro obstétrico do HRT. A entrega do carimbo de placenta começou em abril de 2021. Fernanda diz que nem sempre é possível fazer o carimbo de todas as pacientes, já que a arte que requer tempo, material e depende muito da quantidade de pacientes no plantão.

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“É um trabalho ao qual precisamos dedicar tempo, por isso é uma doação concedida pelas enfermeiras obstetras, dentro das próprias possibilidades”, explica. Além das 15 enfermeiras obstetras, há também uma técnica de enfermagem que auxilia na confecção das artes. A ideia da equipe é, posteriormente, fazer também o carimbo dos pés dos recém-nascidos.

Iniciativa agrada

A advogada Eduarda Vieira, 26 anos, teve o registro do nascimento da filha, em novembro, guardado também por essa homenagem. “Fui muito bem-acolhida pelas equipes”, conta. “Foi algo mágico, indescritível. Eu amei a iniciativa das enfermeiras ao fazer essa arte. Poderei mostrá-la para a minha filha e terei sempre uma boa lembrança ao vê-la”.

Em 26 de outubro do ano passado, Thaís Sampaio, 22 anos, deu à luz o primeiro filho no HRT. Feliz com a arte que marca a chegada do pequeno Estevão ao mundo, ela fez uma moldura e colocou o carimbo da placenta em um quadro. Gostou tanto da ideia que pretende fazer o mesmo no nascimento dos próximos filhos.

“Eu me senti muito especial recebendo o carimbo da placenta”, diz. “Fiquei muito feliz pelo atendimento recebido. Acho que iniciativas assim deveriam chegar a mais mães, pois é uma sensação maravilhosa. Toda equipe que se disponibiliza a tornar o parto tão especial está de parabéns.”

Momento especial

Às mães que perderam os seus bebês no processo de aborto ou óbito fetal, também é oferecido o carimbo da placenta ou dos pezinhos, caso desejem ter uma lembrança.

“Buscamos atender todas as pacientes de óbito fetal ou aborto espontâneo, pois é uma maneira de eternizar aquele nascimento”, explica Fernanda Garcia. “Além disso, acalenta um pouco o sofrimento da mãe que não pode levar seu filho para casa. Para algumas mulheres, isso auxilia no processo de luto”, enfatiza



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FONTEAgência Brasília
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