Entre “O bêbado e o equilibrista”, governo Rollemberg desaba junto com viadutos por falta de gestão

Rollemberg demostra que geração coca-cola corroeu o paciência da população do DF ao se confirmar omissão com população do DF

Por Kleber Karpov

Ao som de paródia de “O Bêbado e o equilibrista”, composição de João Bosco e Aldir Blanc,  eternizada pela saudosa Elis Regina, não poderia ser mais propícia para a manifestação popular contra o governador do DF, o pseudo-socialista, Rodrigo Rollemberg (PSB). Após a sequência de desabamentos de piso sobre a garagem na 210 Norte e de parte do viaduto na zona central de Brasília, desculpas e atitudes do governador se voltaram contra o chefe do Executivo.

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“Caía a tarde feito um viaduto, e um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos”, foi cantarolado por um grupo de pessoas, na noite de quarta-feira (7/Fev), no restaurante Cantucci da 403 Norte.

A cancão, de 1979, aparentemente pareceu ser composta sob encomenda e retratar fielmente o fiasco do ocupante do Palácio do Buriti. Cantarolada em protesto, provavelmente em decorrência às reações burras de Rollemberg que, após o ‘acidente’ com o viaduto no Eixão Sul, teve exposto, por especialistas e até mesmo pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF), a omissão e falta de prioridades da gestão do pessebista.

Apenas para recordar, um dos primeiros levantes, ou burrices foi culpar o envelhecimento de Brasília, com seus 58 anos, algo que rapidamente se tornou même que em contraposição sugeriu: “Ainda bem que ele não é prefeito de Atenas, Paris, Roma, etc.”.

Na sequência, como o ‘salvador da pátria’, Rollemberg anunciou a retirada de R$ 50 milhões, de verbas contingenciadas, para fazer a imediata reparação do viaduto que ruiu e dos demais em estados críticos. Aí entram alguns dilemas, a exemplo dos R$ 1,5 bilhões que o chefe do Executivo meteu as mãos recentemente, do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos. Recurso esse que foi motivo de controvérsia quando o socialista foi criticado, por querer utilizar o dinheiro para patrocinar, por exemplo, casamentos comunitários.

O outro, a ironia do destino, ou dos trocadilhos, que segundo especialista, impede que, após o desabamento, o viaduto seja demolido e reconstruído, por causa do tombamento do DF. Percebeu? Tombamento, desmoronamento…

De volta às ações do ‘salvador da pátria’, vem a exoneração do diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), Henrique Luduvice, diga-se de passagem, primo de Rollemberg, como tantos outros alocados na administração pública, com supersalários.

Mas, tal ação, embora tardia, se mostra totalmente desconexa com as ações do próprio chefe do Executivo, pois afinal foi o próprio Rollemberg que, por exemplo vetou o Projeto de Lei (PL) 271/2015, de autoria do deputado distrital, Cristiano Araujo (PSD) que obrigava o GDF a realização de perícias técnicas em todas as pontes e viadutos do DF integrantes do sistema viário do DF. Veto esse, revertido pela Câmara Legislativa do DF (CLDF) e, aparentemente, Lei ignorada pelo GDF.

Ainda chama atenção a falta de prioridades de Rollemberg que passou o mandato ‘desabando’ a vida de milhares de pessoas em todo Distrito Federal, com demolições de casas, de vidas, de expectativas e perspectivas.

Ou ainda por desabar a vida de milhares de famílias, ao manter na gestão outro ‘demolidor’, o secretario de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Humberto Fonseca que aumenta criminalmente o número de mortes evitáveis, que mesmo após nomear mais de 3 mil servidores na pasta, continua sem a menor gestão sobre leitos de Unidades de Terapias Intensivas (UTIs), por falta de servidor, ou com superlotações nas urgências e emergências em hospitais e demais unidades de saúde, que despencam, seja por falta de profissionais, de insumos, medicamentos ou manutenções. Tudo em nome de políticas equivocadas ou, de de meias iniciativas corretas.

Também é impossível ignorar os desabamentos de vidas perdidas, frutos da falta de segurança no DF, mascarados, segundo denúncias, por manipulações de dados oficiais. Ou ainda, que sabe do desabamento de crianças submetidas a logísticas desumanas, que por fome, desabam, ou menor, desmaiam, nas escolas por falta de lanche e de construções de escolas.

Embora a sociedade tenha, aparentemente, se acomodado, ou normalizado tantos desabamentos, Rollemberg, parece, finalmente ter tocado a alma da população do DF, felizmente, com algo que não tirou uma única vida. O desabamento do viaduto, expôs que por dentro da revitalização da Orla do Lago Paranoá, existe uma Brasília apodrecendo por falta de ação do Estado. Ou pior, pela omissão do governador do Distrito Federal.

Enquanto Rollemberg se equilibra, ou melhor, titubeia e ‘não se auto-exonera a si próprio’, a boa notícia é que o governador deve insistir na reeleição e assim, ‘o bêbado equilibrista’ aumenta a probabilidade de ficar fora da vida pública pelos próximos quatro anos.



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