Equipe da UBS 2 de Taguatinga faz apresentação contra o tabagismo

Cigarro convencional, narguilé e dispositivos eletrônicos são prejudiciais para a saúde; no Dia Mundial Sem Tabaco, grupo reforça a importância de buscar tratamento e evitar gatilhos



Vera Lúcia Medanha, 74, acordou cedo nesta quarta-feira (31) e foi participar da encenação artística em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco promovida pela equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 de Taguatinga, na Praça do Relógio. Vera, que foi fumante por mais de 50 anos, comemora a conquista de estar há três meses sem o cigarro.

Participante dos encontros semanais promovidos pela UBS 2, Vera sofre com graves problemas de circulação e quase perdeu um dedo do pé esquerdo. “Se não fosse o apoio do grupo, acredito que não teria conseguido. As pessoas são muito unidas e o suporte psicológico é fundamental”, conta. Os encontros ocorrem na Paróquia São José, localizada na Praça do Bicalho, todas as quartas-feiras, às 8h30.

Vera Lúcia Medanha participa dos encontros semanais na UBS contra o tabagismo: “Se não fosse o apoio do grupo, acredito que não teria conseguido”

A apresentação busca alertar a população sobre os perigos do cigarro e incentivar a procura pelo tratamento. Além dos grupos de conversa, a UBS 2 também oferece assistência por equipe multidisciplinar.

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“O cigarro eletrônico, o narguilé e outros tipos de dispositivos prejudicam tanto quanto o cigarro convencional. Quem deseja parar de fumar, só precisa procurar a UBS para começar. Nós utilizamos a terapia cognitivo-comportamental. A ideia é interromper as situações que funcionam como gatilhos”, explica a psicóloga da unidade e coordenadora da ação, Jouse Glória.

Durante a encenação, Iranilda Castro, 72, parou para assistir e se informar. Ela usou cigarro por 60 anos, mas agora está tentando parar. “Comecei a fumar na escola; naquela época era visto como algo charmoso, e quem não fumava ficava excluído do grupo. Hoje sabemos o quanto faz mal”, lembra.

Iranilda Castro, 72 anos, parou para assistir à encenação na Praça do Relógio e elogiou a ação

Qualquer pessoa que more ou trabalhe na região de Taguatinga pode acessar o serviço. Outras unidades de saúde do Distrito Federal também oferecem tratamento contra o tabagismo. A lista está disponível neste link.

O corretor de imóveis Luiz Fernando Abadlla, 59, faz parte do grupo de tratamento da UBS 2 de Taguatinga. “Estou há quatro meses sem fumar. Conheci a doutora Jouse, e ela me convidou para participar do grupo e fazer o uso de adesivos de nicotina”, relata. “Participar das reuniões nos dá força para não voltar ao cigarro. Vim aqui hoje apoiar o projeto, pois ele faz a diferença”.

Um cigarro a menos

Para começar a parar de fumar, especialistas sugerem algumas ações:

→ Defina um dia para parar de fumar. Anote e planeje-se;

→ Prepare sua mente para “o primeiro dia do resto da sua vida”. Você poderá até fazer uma pequena cerimônia quando fumar o último cigarro;

→ Corte o gatilho do fumo. Os gatilhos são diferentes em cada fumante. Para alguns, é o cafezinho; para outros, é o companheiro de trabalho que também fuma e convida para um intervalo.

Como não cair nos gatilhos

  • Se está acostumado fumar no carro, não tenha cigarros no veículo;
  • Se fuma após as refeições, levante-se imediatamente após terminar e escove logo os dentes, o que ajuda a diminuir o desejo pelo cigarro;
  • Chupar gelo e comer cubinhos de frutas geladas ajuda a se livrar da vontade;
  • Evite espaços que tenham pessoas fumando;
  •  Evite bebida alcoólica e café, principalmente se estiverem associados ao ato de fumar;
  • Beba muita água, especialmente quando tiver vontade de fumar;
  • Faça algum tipo de exercício, pois ajuda a relaxar;
  • Procure manter-se ocupado e fazer coisas que aumentam a sensação de bem-estar, preenchendo o espaço deixado pelo cigarro. Pense em cuidar das plantas, dos animais de estimação, ler, escrever, desenhar, assistir a um bom filme ou série, organizar um encontro virtual com amigos.


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FONTEAgência Brasília
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