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23 dez 2024 00:31


Equipe de policiais militares se destaca no combate aos crimes em rodovias

Batalhão Tático Operacional Rodoviário (TOR) é líder na apreensão de armas, drogas e carros pelas estradas distritais

Por Josiane Borges

No combate efetivo aos crimes nas rodovias distritais, o  Grupo Tático Operacional Rodoviário (TOR) é destaque em suas ações. Entre as equipes, o batalhão é recordista na apreensão de armas, drogas e na recuperação de veículos roubados. Integrante da estrutura da Polícia Militar do DF, o TOR faz parte do Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRv) – que hoje completa 35 anos.

Com ações rotineiras de fiscalização, policiais monitoram toda a malha viária do DF | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O Distrito Federal possui uma malha rodoviária de quase 2 mil quilômetros, dividida em 78 rodovias distritais. Nessas estradas, a população do DF é protegida por agentes de segurança altamente treinados e capacitados que atuam para evitar crimes e a entrada de produtos ilegais nas vias da capital federal.

Pontos de bloqueio são planejados diariamente, a partir de dados fornecidos pelos serviços de inteligência

“Somos o batalhão que mais apreendeu armas dentro da PMDF”, afirma o comandante do TOR, tenente-coronel Jamilson Batista. “Em 2022, das 150 armas recuperadas pela Polícia Militar, 108 foram apreendidas pelo TOR. Como unidade, ficamos atrás somente do Rotam [Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas]. Este ano, já foram mais de 50 armas apreendidas.”

Divididos em equipes, os policiais monitoram e fazem bloqueios em todas as rodovias distritais, explica o gestor: “Atuamos com mais frequência naquelas vias que são a porta de entrada para os crimes de descaminho [extravio], contrabando e outros. Temos nossos dados estatísticos e informações de inteligência, e com isso planejamos diariamente os nossos pontos de bloqueio”.

Agentes de outros estados

Para fazer parte do grupo de policiamento, é necessário participar do curso tático operacional rodoviário, que qualifica o policial militar para atuar nas rodovias. Entre as disciplinas,  estão Radiopatrulhamento, Identificação veicular, Acompanhamento de veículos, Abordagem de veículos de grande porte e Troca de tiros em alta velocidade.

“No curso, temos provas práticas de simulação real, que se chama prova de doutrina, e todos os policiais que ingressam no treinamento passam por ela”, conta o aspirante Marcelo Carvelo. “Além dele, a própria corporação oferece treinamentos e especializações periódicas para a tropa.”

Um dos mais antigos da tropa, o segundo sargento Ari Arcanjo ressalta: “Com base na nossa doutrina, já formamos grupos táticos no Amapá, Pará e Tocantins”

É comum equipes de outras unidades da Federação e até mesmo de outras forças de segurança participarem dos cursos de treinamento do Grupo Tático Operacional. “Formamos policiais de outros estados; há militares que fazem o curso e vão para outros grupos táticos, e agentes de corporações, como policiais rodoviários federais e policiais federais, bem como civis, que buscam o curso para aprender nossas técnicas na identificação de placas”, relata Carvelo.

Exemplo goiano

O segundo sargento Ari Arcanjo, um dos mais antigos na tropa, lembra que a criação do TOR foi inspirada nas forças de Goiás. “Nossa doutrina veio do Comando de Operações de Divisas [COD], que fazia um trabalho muito bom”, aponta. “A partir daí, criamos o TOR; e, com base na nossa doutrina, já formamos grupos táticos no Amapá, Pará e Tocantins”.

O comandante Bezerra enfatiza que a PMDF sempre foi importadora de técnicas. “Não temos melindre nenhum de ir a outros estados e conhecer as doutrinas que eles utilizam”, explica. A corporação investe no intercâmbio.

“Recentemente, a equipe passou por uma especialização para aprender como identificar insumos agrícolas com a polícia do Goiás”, lembra o comandante. “Esse é um crime que tem crescido em nossas rodovias. Há pouco tempo, apreendemos 95 quilos de insumos agrícolas contrabandeados. Alguns são proibidos aqui no Brasil, e países como Paraguai e Uruguai são rotas de entrada desses produtos, que acabam por perpassar pelas nossas rodovias”.

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