Escola no Parque da Cidade atende crianças e adultos em situação de rua

Com turmas do ensino fundamental e da EJA, instituição oferece educação individualizada e humanizada para 214 estudantes atualmente matriculados

A Escola Meninos e Meninas do Parque fica próximo ao Estacionamento 6: proposta é promover a reintegração escolar e a convivência comunitária


Um resgate da autoestima por meio da educação humanizada, que coloca o estudante como protagonista da própria história. Esse é o pilar construído dia após dia dentro da Escola Meninos e Meninas do Parque. A unidade atua na escolarização de crianças, adolescentes, jovens e adultos que se encontram em situação de rua ou de vulnerabilidade social.

Este ano, a Escola Meninos e Meninas do Parque atende 214 estudantes matriculados, com o apoio de 28 profissionais da área de educação que trabalham no local. De manhã, ocorrem as aulas de crianças e jovens até os 18 anos de idade. No período da tarde, a unidade recebe os adultos. Há turmas do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Quem quiser pode se matricular a qualquer momento do ano. Mais informações: 3901-7780.

“Aqui eu me sinto bem e acolhido. Não sou discriminado. Foi uma boa oportunidade de voltar aos estudos, o que é essencial hoje em dia”Amâncio Ferreira, 54 anos

A escola fica no Parque da Cidade, próximo ao Estacionamento 6, e tem a proposta de promover a reintegração escolar e a convivência comunitária. As aulas e atividades do local valorizam a estruturação do conhecimento feita de maneira coletiva. Além disso, o planejamento pedagógico considera a

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A escola fica no Parque da Cidade, próximo ao Estacionamento 6, e tem a proposta de promover a reintegração escolar e a convivência comunitária. As aulas e atividades do local valorizam a estruturação do conhecimento feita de maneira coletiva. Além disso, o planejamento pedagógico considera a história de vida de cada estudante, observando as limitações e potencialidades para o processo de aprendizagem.

A diretora da Escola Meninos e Meninas do Parque, Amelinha Araripe, atua no local desde 2002 e reforça a necessidade de uma educação individualizada dos estudantes. “Enxergamos que cada indivíduo é único e merece ser respeitado. A avaliação, o ritmo e o tempo de cada um são considerados. Os professores adaptam as atividades sempre que necessário. Entendemos que a escola é um espaço de pertencimento e, por isso, o acolhimento é fundamental”, destaca.

A gentil recepção é notada pelos alunos. “Aqui eu me sinto bem e acolhido. Não sou discriminado. Foi uma boa oportunidade de voltar aos estudos, o que é essencial hoje em dia”, afirma Amâncio Ferreira, 54 anos, que retomou os estudos em 2020 e cursa o segundo segmento da EJA no local.

Após 20 anos, Marcelo Cardoso também retornou aos estudos. “Eu não tinha todas as documentações necessárias no início, mas a escola me recebeu superbem e resolveu essas pendências comigo. Eu sei o valor dos estudos e retomei para terminar o ensino médio e ser psicólogo no futuro”, relata Marcelo, que está no segundo segmento da EJA.

Autocuidado
A rotina na Escola Meninos e Meninas do Parque tem algumas peculiaridades. Os estudantes recebem um kit com toalha, sabonete e camiseta para que possam tomar banho e se trocar no local todos os dias. A unidade também oferece refeições da alimentação escolar.

Após a matrícula, os estudantes são acolhidos na turma de integração. Esse momento é importante para avaliar o conhecimento de cada um, além de definir para qual turma serão encaminhados.

Além das aulas, a equipe pedagógica da unidade incentiva a arte, cultura e iniciação científica por meio de projetos desenvolvidos com os estudantes ao longo do ano.



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FONTEAgência Brasília
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