Nesta quinta-feira (20), estudantes da área de enfermagem tiveram a oportunidade de fazer uma capacitação voltada para a “Admissão do paciente grave na sala de emergência”, promovida pela Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). O curso ocorreu no Centro de Simulação Realística do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
Segundo Gustavo Rios, enfermeiro do Núcleo de Educação Permanente e ministrante do curso, o objetivo é estabelecer as rotinas de ação da equipe de enfermagem diante de um paciente grave de maneira inicial a fim de agilizar o diagnóstico do paciente e, consequentemente, da conduta médica.

“Hoje, percebemos que o profissional de enfermagem fica acanhado, achando que só pode fazer alguma ação se receber o comando de outro profissional. Na verdade, a equipe de enfermagem tem a autonomia para monitorizar o paciente, iniciar uma oxigenoterapia em caso de sinais de hipoxemia, de baixa concentração de oxigênio na corrente sanguínea. Ele também pode pegar um acesso, coletar uma glicemia capilar. Quando a gente tem uma equipe preparada, que realmente tem isso consolidado, quando o médico chega já está tudo bem estabelecido e esse diagnóstico é feito muito mais rápido, a medicação chega mais rápido”, explica.
O ministrante destacou que o intuito é trabalhar a proatividade e a independência da equipe de enfermagem dentro das suas atribuições, focado na emergência em qualquer setor do hospital. Tendo em vista que o paciente pode ficar grave em qualquer lugar que esteja.
“Às vezes só se pensa na capacitação de quem trabalha na porta da emergência, mas todo profissional, seja do Centro Obstétrico, da Pediatria, da Clínica Médica, todos precisam ser treinados em urgência e emergência. Por isso, abordei a importância da monitorização, oxigenoterapia, acesso venoso, eletrocardiograma e glicemia capilar, que devem ser feitos no trâmite inicial do atendimento”, informa.
Durante o curso, os estudantes tiveram a chance de treinar o conhecimento teórico, na prática, através da simulação realística e estudo de casos reais. “O caso clínico serve como meio para eles aplicarem o que foi ensinado hoje, que são esses procedimentos que a equipe de enfermagem tem que fazer de maneira inicial e imediata”.
O estudante de enfermagem Gustavo Henrique Pereira, de 27 anos, achou ótimo utilizar seus conhecimentos e colocá-los em prática. “É a primeira vez que faço um curso no centro de simulação realística e percebi que o ambiente nos deixa mais impactados com a situação, é necessário controlar o psicológico para não se atrapalhar. Tive a sensação de estar em um caso real mesmo”, avalia.
No ponto de vista do estudante de enfermagem Pedro Phelipe Marques, 33 anos, o curso é ótimo e produtivo e agrega muito conhecimento para sua formação, pois, independente do tema, são trabalhados vários casos reais registrados no dia a dia.