Evento no HBDF discute tratamento para casos de suspeita de infarto agudo do miocárdio

Secretaria de Saúde e IgesDF realizam 1º Fórum Sprint no Hospital de Base; tecnologia e integração contribuem para reduzir taxa de mortalidade no Distrito Federal



O auditório do Hospital de Base do Distrito Federal recebeu nesta quarta-feira (18) a primeira edição do Fórum Sprint, evento organizado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) em parceria com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF). O projeto, implementado em 2018, visa proporcionar um tratamento qualificado e ágil para casos de suspeita de infarto agudo do miocárdio (IAM), e tem o objetivo de salvar vidas por meio da intervenção precoce.

Estiveram presentes representantes das UPAs, gestores de hospitais regionais e do centro de hemodinâmica, além de profissionais da cardiologia do DF. Juliana Queiroz, da Coordenação de Atenção de Emergência (Cate), esteve no evento representando a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.

“Se o paciente tiver um infarto muito distante do hospital, que a distância seja mais do que uma hora, na própria ambulância do Samu já são iniciados os procedimentos para que o paciente tenha o atendimento continuado quando chegar no hospital”

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Edna Marques, coordenadora do Projeto Sprint

A cardiologista do Hospital de Base e coordenadora do Projeto Sprint, Edna Marques, realizou a abertura do Fórum e apresentou dados do projeto. Em 2022, o Distrito Federal apresentou uma taxa de mortalidade para IAM de 4,74%, bem abaixo da média nacional, que era de 9%. Em 2023, esse índice teve uma queda ainda mais significativa, atingindo notáveis 3,67%, conforme dados do Datasus.

De acordo com Edna, a descentralização do tratamento do infarto, com todos os hospitais tratando o paciente precocemente no primeiro diagnóstico, consequência da implantação do Projeto Sprint, é o que fez o DF alcançar números tão expressivos. “O tratamento descentralizado, em todas as UPAs, em todos os hospitais regionais, tem realmente feito a diferença”, conclui.

Ainda segundo Edna, a educação continuada de todos os médicos da rede de saúde pública do DF tem ajudado a manter esses índices. O uso da tecnologia também tem sido fundamental para o sucesso do projeto. “Nós usamos um aplicativo chamado Join, que é como se fosse um WhatsApp médico, onde é possível, em tempo real, 24 horas por dia, o médico que está na UPA conversar com o cardiologista daqui do Hospital de Base e fecharem juntos o diagnóstico de IAM”, explica.

Quando o paciente recebe o diagnóstico de IAM, os médicos na ponta conversam com os hospitais que têm cardiologista e com os centros de hemodinâmica. “Se o paciente precisar, ele vem direto para o Centro Hemodinâmico fazer o cateterismo”, conta Edna. Essa agilidade no atendimento, com a ajuda do Samu para a remoção dos pacientes, têm ajudado a diminuir a taxa de mortalidade. “Se o paciente tiver um infarto muito distante do hospital, que a distância seja mais do que uma hora, na própria ambulância do Samu já são iniciados os procedimentos para que o paciente tenha o atendimento continuado quando chegar no hospital”, lembra Edna.

O superintendente das Unidades de Pronto Atendimento, Francivaldo Soares, elogiou o Projeto Sprint e a oportunidade da discussão do assunto no Fórum. “A UPA hoje constitui a principal porta de acolhimento de pacientes com IAM. E vem desempenhando um papel fundamental no prognóstico e no desfecho desse paciente cardiológico, porque realizamos trombolíticos [medicamentos] já na unidade, em tempo recorde. O Sprint é um projeto que tem agregado muito valor para a população e tem sido fundamental para entregarmos um atendimento de saúde de maior qualidade”, conclui.



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FONTEAgência Brasília
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