Exclusivo: Hospital de Taguatinga decreta Bandeira Vermelha e limita atendimento somente à pacientes com risco de morte



Secretaria confirmou decreto às 13h, o que contradiz denúncia recebida mais de três horas antes

Por Kleber Karpov

Após denúncias de caos no atendimento do Pronto Socorro (PS) do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), perseguição a enfermeiro, contida pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), e visita da deputada Celina Leão (PPS) as instalações do hospital, a superintendente da Região Sudoeste, a médica Lucilene Florêncio Queiróz decretou Bandeira Vermelha no PS do HRT. O caso foi denunciado ao Política Distrital (PD), às 9h da manhã desta quarta-feira (24/Jan), por servidor que pediu sigilo de identidade.

Publicidade

De acordo com o servidor do HRT, pela segunda vez, “em poucos dias de diferença”, e mesmo com todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do DF, lotadas, a superintendente decretou bandeira vermelha no HRT.

“Foi decretada Bandeira Vermelha devido a superlotação  do PS  pela Dra. Lucilene. Sem atendimento porta para todas as especialidades. Exceto para risco de morte.”, disse ao explicar que nesse caso “é paralisado todos os atendimentos em todas as clínicas. Serão atendidos somente os riscos de morte. Todos os profissionais devem se concentrar na possibilidade de altas. Atendimento somente para risco de morte.”, frisou.

O que diz a SES-DF

Embora PD tenha recebido a denúncia, no início da manhã desta quarta-feira (24/Jan), por meio de Nota, a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), confirmou o decreto de Bandeira Vermelha, instituído pela superintendente da região sudoeste. Mas chama atenção que, segundo a pasta, o decreto foi estabelecido às 13h06.

“A Superintendência da Região de Saúde Sudoeste informa que a situação do Protocolo de Capacidade Total instalada no hospital é uma atribuição do superintendente, conforme as Portarias 386 e 408 de 3 e 10 de agosto de 2017, respectivamente.”.

“Após o decreto da Bandeira Vermelha, são feitos remanejamentos dentro do próprio hospital para que haja diminuição da lotação no PS. Os casos de menor gravidade são encaminhados para os equipamentos de saúde da Região de Saúde. No caso dos pacientes classificados como vermelho, cabe ao SAMU fazer o direcionamento do fluxo, considerando que tem conhecimento da situação de toda a rede.”, alertou a pasta.

Ainda no que tange a posição da SES-DF chamou atenção de PD, o horário em que a pasta anunciou o Decreto, às 13h06. “Às 13h06 foi decretada a bandeira vermelha. Após adotadas todas as providências necessárias, às 18h10 o SAMU foi comunicado sobre a retirada, uma vez que houve uma diminuição da ocupação do Pronto Socorro.”.

Porém, tal denúncia, chegou à PD, às 10h, horário em que, de acordo com o servidor, o decreto de Bandeira Vermelha, já estava instituído.

 



Política Distrital nas redes sociais? Curta e Siga em:
YouTube | Instagram | Facebook | Twitter










Artigo anteriorTJDFT condena Secretaria de Saúde a substituir caldeiras do Hospital da Asa Norte
Próximo artigoNovos servidores da Saúde do DF tomam posse nesta quinta (25)