Falta de Gestão: Após dois anos, secretaria de saúde do DF começa a fornecer crachás aos servidores nomeados em 2015



Secretaria leva dois anos para fornecer crachás aos servidores e precisou ser acionado pelo Ministério Público para começar a solucionar problemas com crachás e telefonia

Por Kleber Karpov

A Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) comemorou o início da distribuição de crachás aos servidores da pasta, nomeados desde o fim de 2015. A falta da identificação chegou a ser denunciada ao Política Distrital (PD) em junho de 2016, em decorrência de dificuldade de alguns profissionais de saúde poderem aderir as horas extras.

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O secretário de saúde, Humberto Lucena Pereira da Fonseca aproveitou um evento realizado na Administração Central (ADMC) da SES-DF, em comemoração ao Dia do Servidor Público, para comemorar a entrega de cerca de 4,5 mil crachás aos servidores.

A SES-DF aproveitou a postagem em comemoração as entregas dos crachás para informar que os servidores lotados fora da ADMC, devem retirar a identificação nas Gerências de Pessoas, das respectivas unidades de saúde.

Espertamente, Fonseca aproveitou a oportunidade para enaltecer a própria gestão da SES-DF, ao observar o que foi considerado por “avanços obtidos pela gestão”, ao se referir a retomada das linhas telefônicas.

Mas, estranhamente, Fonseca deixou de mencionar a necessidade de o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) ter que acioná-lo, de modo a ‘dar uma forcinha’ para que o SES-DF, para resolver o problema da telefonia (Jul). O MPDFT entrou com denúncia de ação de improbidade administrativa, contra Fonseca e outros gestores, em relação aos reiterados cortes de linhas telefônica, tanto na ADMC, quanto em diversas unidades de saúde, a exemplo de hospitais e até mesmo na Farmácia de Medicamento de Alto Custo.

Boa Notícia

Além de, finalmente, os servidores serem identificados com os crachás funcionais e se começar a restabelecer a telefonia, a SES anuncia a boa nova: “valorização do servidor, como o Papo de Saúde, ferramenta que permite ao servidor falar diretamente com o secretário para apresentar sugestões e propostas”.

Será?

No entanto, para o vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (SINDATE-DF), Jorge Vianna, questionou, se Humberto Fonseca e demais gestores, realmente estão abertos a ouvirem sugestões e propostas de servidores, sobretudo os perseguidos.

“Acompanhamos tantas perseguições implacáveis, desde conosco, sindicalistas, por lutar e defender os interesses da categorias, até casos que recebemos ou acompanhamos, quase que diariamente, sobretudo pelos blogs, como é o caso da ex-SUGEP, Flávia Gondim, mais recentemente a exoneração do Wellington, ex-presidente do Coren [Conselho Regional de Enfermagem do DF], de colegas, auxiliares e técnicos em enfermagem, principalmente, dos delegados sindicais. E a grande maioria por apresentarem propostas, contestarem dados maquiados ou, até mesmo, tentarem garantir atendimento de qualidade aos usuários do Sistema Único de Saúde. Servidores transferidos para lotações distantes de suas residências e até casos relatados de impedimentos de se adentrar a subsecretaria de Gestão de Pessoas (SUGEP).”, disparou Vianna.

O sindicalista lembrou ainda os diversos benefícios retirados dos servidores ou que, de alguma forma, passaram a serem concedidos com algum tipo de irregularidade ou atrasos de pagamentos.

“Vamos ver como o governo vai se comportar em relação aos nossos direitos adquiridos em relação a GMOV, a incorporação da GATA, da insalubridade, as 18 horas, a regularidade de pagamento das Horas Extras, a concessão das 40 horas, de se dar condições de trabalho para acabar com cenários com o que temos visto nos hospitais do DF. O tempo vai mostrar se realmente houve mudanças com relação a valorização dos servidores ou se é apenas algum tipo de manobra eleitoreira.”, ponderou Vianna.

Com informações da Agência Saúde DF



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