Falta de perícia pode prejudicar mercado imobiliário, afirma Associação Brasileira de Avaliação



Em Brasília, Associação Brasileira de Avaliação e Perícia repudia resolução que prejudica compradores de imóveis, por falta de perícia técnica

ABAP repudia resolução do BACEN que prejudica futuros compradores de imóveis. Com a norma em vigor, consumidor perde nos quesitos segurança e habitabilidade.

Foi publicada a Resolução Nº 4.754, editada pelo Banco Central (BACEN), que permite as instituições financeiras a dispensa da contratação de um perito para fazer a avaliação do preço do imóvel e, em seu lugar, usar modelos estatísticos e programas de computador para definir o valor da garantia. Segundo a instituição, com a alteração da norma, o financiamento imobiliário e o empréstimo com imóvel residencial como garantia podem ficar mais baratos.

Publicidade

O que não foi mencionado, entretanto, é o quão prejudicial pode ser a ausência de um perito avaliador de imóveis e o quanto isso pode ser posteriormente caro para o consumidor. Um profissional que estuda para isso (por lei, só podem arquitetos e engenheiros) sabe exatamente os pontos que fazem aquele imóvel ser mais seguro e habitável. Não são só cálculos, estatísticas ou valor de compra e venda, mas sim a certeza de que ao se adquirir um imóvel, o comprador diminui ao máximo problemas de inundação, de estrutura, de incêndios. Lembrando que o banco é quem decidirá se dispensa o perito e não o tomador do empréstimo.

A presidente da Associação Brasileira de Avaliação e Perícia – ABAP, Karine Moreira, acredita que quem será mais lesado nessa situação é o comprador do imóvel. “Isso é um absurdo. Essa norma tira a possibilidade do consumidor de ter um engenheiro ou arquiteto fazendo uma vistoria séria, de qualidade, e conferimos para o FGTS a habitabilidade do imóvel.”, afirma.

Fonte: Ascom ABAP



Política Distrital nas redes sociais? Curta e Siga em:
YouTube | Instagram | Facebook | Twitter










Artigo anteriorCaesb implanta primeiro sistema de telemetria de consumo de água com Internet das Coisas em grande escala no Brasil
Próximo artigoSTF retomará julgamento sobre prisão após segunda instância no dia 7