Agência Brasília
A farmácia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) manipulou mais de mil litros de medicamentos durante o ano de 2019. É uma produção média de 90 mil mililitros por mês. A produção alcançou um número recorde desde que começou a ser realizada em 2014, quando foram produzidos 400 mililitros no ano. Em 2019 foram produzidos 1.062 litros de xaropes e 1.244 litros das outras soluções.
“O maior benefício da manipulação desses medicamentos é a segurança dos pacientes, pois eles têm a garantia de que o medicamento vai ser ministrado na concentração e na quantidade certa”, destaca a farmacêutica Eva Ferraz.
Os farmacêuticos já transformam os princípios ativos de 86 medicamentos em soluções orais e xaropes, que são distribuídos para toda a rede pública de saúde do Distrito Federal. Além dos medicamentos, também são preparadas soluções para a realização de exames, como o de diagnóstico de câncer no colo do útero.
As demandas começaram no atendimento à UTI Neonatal do hospital, ao ser percebida a dificuldade e o tempo dispensados na diluição dos comprimidos administrados nos bebês internados. Hoje a farmácia do HRT manipula medicamentos para crianças, adultos, idosos e pacientes em cuidados paliativos.
Além do fornecimento dos manipulados para a rede hospitalar, a farmacotécnica também disponibiliza os medicamentos para os pacientes que são atendidos nos ambulatórios. Em 2017, quando teve início a quantificação do número de pacientes, foram atendidos 488, em 2019 chegaram a ser atendidos 1.674 pacientes.
O sobrinho da diarista Raimunda Gonçalves, de 35 anos, faz uso da medicação manipulada. O bebê tem toxoplasmose congênita, e o único medicamento para o tratamento é em comprimido. “O meu sobrinho é um bebê, e assim fica mais fácil para os pais, que não têm dificuldade em administrar a medicação”, pontua a diarista Raimunda.
Para melhor orientar pacientes e cuidadores, a equipe da farmácia desenvolveu uma etiquetagem com cores para melhor orientar quanto aos horários e a quantidade a ser usada da medicação. Com isso, pessoas com dificuldade na leitura podem se orientar pelas cores das etiquetas, evitando o uso incorreto do medicamento, que pode atrapalhar no tratamento.
A farmácia do HRT é a única da rede pública a realizar esse tipo de trabalho. Todo processo de manipulação é conduzido por profissionais capacitados da farmácia do hospital, que conta com infraestrutura e equipamentos adequados.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Fonte: Agência Brasília