Filiação de presidente de Sindicato dos Médicos do DF ao Pátria Livre atrai defensores do SUS



Agremiação partidária reforça luta contra Organizações Sociais

Por Kleber Karpov

A filiação de Gutemberg Fialho, presidente do Sindicato dos Médicos do DF ao Partido Pátria Livre (PPL) amplia a força política dos servidores da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) contra a instituição de Organizações Sociais (OSs) no modelo de gestão do Sistema Único de Saúde no DF. A solenidade de recepção de Fialho aconteceu, na manhã de quinta-feira (17/Mar), na sede da Associação Médica de Brasília (AMBr) e contou com a presença da direção do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF).

Fialho pediu desfiliação do PSB, partido do governador DF, Rodrigo Rollemberg, sob o argumento de perseguições da classe médica. Isso porque de acordo com o Sindicalista, que chegou a ser acionado pelo Conselho de Ética e Fidelidade Partidária, aquela agremiação, acusou Fialho, na condição de presidente do SindMédico, de não submeter as decisões do Sindicato aos desígnios do partido.

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Na ocasião o Sindicalista se defendeu, entrou com representação contra Rollemberg junto ao PSB, por descumprir várias diretrizes do Estatuto da daquela agremiação partidária e, posteriormente, se desligou do Partido (7/Mar), matéria publicada com exclusividade por Política Distrital.

Em recepção da AMBr, PPL diz não às OSs - Foto: Reprodução
Em recepção da AMBr, PPL diz não às OSs – Foto: Reprodução

Confira o Discurso de Fialho durante a solenidade de filiação ao PPL

Publicado por Gutemberg Fialho em Sexta, 18 de março de 2016

 

Força Sindical

Marco Antonio Campanella e os presidentes dos Sindicatos dos SindMédico, Gutemberg Fialho e do Sindate-DF, João Cardoso durante solenidade de filiação de Fialho ao PPL - Foto: Evely Leão
À frente, o suplente a deputado federal, Marco Antonio Campanella e os presidentes dos Sindicatos dos SindMédico, Gutemberg Fialho e do Sindate-DF, João Cardoso durante solenidade de filiação de Fialho ao PPL – Foto: Evely Leão

Na filiação ao PPL além de personagens políticos e da direção do SindMédico chamou atenção a presença dos presidente e vice do Sindate-DF, João Cardoso e Jorge Vianna que somam forças em mobilizações para tentar impedir a instituição de OSs na gestão da Saúde do DF.

Na última semana, por provocação do Sindate-DF, a Câmara Legislativa do DF (CLDF) realizou uma audiência pública para discutir as Organizações Sociais no DF. O evento foi presidido pelo deputado distrital, Reginaldo Veras (PDT). Juntas as duas entidades representam mais da metade do corpo funcional da SES-DF.

Trauma

A relutância ocorre após experiências traumáticas de quatro OSs que atuaram no DF, em que a grande maioria se tornaram manchetes a exemplo de práticas de corrupção, servir de cabide de empregos, ineficiência e incapacidade de atendimentos.

Incoerência 

Com a filiação de Fialho, o PPL reforça a contraposição ao que o Sindicalista chama de “contrassenso de um partido que se diz socialista, ter um governador que por incompetência e total falta de capacidade de fazer gestão pública, querer basear o governo por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e gestão por meio de OSs.”.

Alinhamento de ideias

Filiação de Gutemberf Fialho ao PPL - Foto: Reprodução
Filiação de Gutemberf Fialho ao PPL – Foto: Reprodução

Em discurso aos presentes durante a solenidade, observou que o PPL tem como diretrizes estatutárias a valorização dos servidores públicos o que se alinha às convicções pessoais do Sindicalista. Segundo Fialho: “O PPL tem em seu estatuto em seus princípios o meu discurso que é a defesa de uma educação, gratuita integral e de qualidade. A defesa de uma saúde gratuita e de qualidade. A defesa a briga e a luta pelo trabalhador por um salário justo e condições dignas de um servidor público bem remunerado. A defesa do serviço público que foi com o João [Cardoso], Jorge [Vianna], Ibrahin [Yosef, do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do DF (Sindireta-DF) ] e Zulmira [Sindireta-DF], que foi a nossa luta em novembro contra o governo que está aí. Quis massacrar o servidor público e comprometer cada vez mais a economia da cidade, precarizando os nossos salários.”, disse.

Atualização: 18/3/2016 às 16h38



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