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Final feliz: Equipe da TV Brasília encontra bebê sequestrado no HRAN

Caso reflete negligência e falta de gestão pois Secretaria de Saúde comprou câmeras de vigilância, em 2012, mas se esqueceu de acessórios necessários ao funcionamento dos equipamentos

Por Kleber Karpov

Na manhã dessa quarta-feira (7/Jun) uma equipe de jornalismo da TV Brasília conseguiu localizar o bebê sequestrado na terça-feira (6/Jun), no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). O repórter Carlos Capelli chegou na casa da suposta sequestradora, na QE 38 do Guará e flagrou uma senhora com a criança no colo. Após acionar a polícia a equipe acompanhou a condução das pessoas envolvidas à Divisão de Repressão a Sequestros da Polícia Civil do DF (PCDF).

EXCLUSIVO!Equipe da TV Brasília encontra bebê que foi sequestrado do Hospital Regional da Asa Norte. O repórter Carlos Capelli chegou na casa da suposta sequestradora cedinho e flagrou uma senhora com a criança no colo. Veja as imagens. #JL #Exclusivo #TVBrasília

Posted by Jornal Local – Tv Brasília on Wednesday, June 7, 2017

Negligência ou gestão?

Na ocasião do sequestro, PD chegou a ser acionado por um servidor do HRAN, que pede para não ser identificado, em que abordou o caso. “Tá correndo notícias aqui no HRAN que houve subtração de uma criança. Estão tentando o silêncio aqui.”, disse, antes de tentar obter mais informações sobre o caso. Porém, rapidamente o caso vazou e ganhou ampla cobertura da midia.

Em entrevista à rádio CBN, o diretor do HRAN, José Adorno, falou que a unidade tem, além de 17 vigilantes, câmeras de monitoramento instaladas, porém desligadas. Segundo Adorno, os equipamentos estão inoperantes, em decorrência de suspensão, por parte do Tribunal de Contas do DF (TCDF) de uma licitação para aquisição de software, os equipamentos estavam desligados.

Porém, em nota encaminhada ao Política Distrital (PD), o TCDF aponta outro problema. Em processo licitatório de aquisição e instalação das câmeras de monitoramento, iniciado em 2012, a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), não previu a necessidade de equipamentos básicos, para garantir o uso dos equipamentos. Por analogia, a Pasta licitou lâmpadas, mas ignorou o ‘bocal’, fiação, interruptor.

*Nota HRAN*

Em 2012, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal iniciou procedimento para adesão a uma Ata de Registro de Preços (ARP) do Senado Federal que previa o fornecimento, a instalação e a manutenção de câmeras para vigilância eletrônica (Contrato nº 195/2012-SES-DF).

O Tribunal de Contas do Distrito Federal realizou uma auditoria entre agosto e novembro de 2016, por meio do processo 35025/2015, para fiscalizar os bens móveis permanentes estocados pela SES/DF. O relatório final aponta que, *das 900 câmeras adquiridas, apenas 95 foram instaladas*; dos 15 storages previstos para armazenagem de rede só três foram configurados; e dos quatro gerenciadores de sistema, apenas um foi configurado.

A análise preliminar aponta que os *hospitais não possuíam a estrutura adequada para o funcionamento completo da solução de monitoramento eletrônico*. Na compra realizada, não foi prevista, por exemplo, a aquisição do switch, que é o equipamento que interliga as câmeras aos servidores e às estações de monitoramento.

O relatório de auditoria detalha que “em visita e entrevista com gestores do Hospital Regional da Asa Norte – HRAN, verificou-se que foram efetivamente instaladas 20 câmeras no local. Contudo, pela falta de estrutura , as câmeras *nunca entraram em funcionamento*”.

O Relatório Final de Auditoria deste processo já foi concluído e deverá ser apreciado pelo Plenário da Corte em breve.

 

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