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23 dez 2024 03:25


Fiocruz alerta para possível alta de mortes com avanço da Ômicron

Propagação da cepa em locais com baixa cobertura vacinal e poucos recursos de socorro em saúde têm preocupado pesquisadores

Por Otávio Augusto

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertam que o Brasil pode viver aumento de mortes em decorrência da Covid-19, doença causada pelo coronavírus, pelo que chamaram de “espalhamento” da Ômicron em locais com baixa cobertura vacinal e com poucos recursos de socorro em saúde.

Para os especialistas da Fiocruz, a combinação pode degringolar os atendimentos em hospitais e dificultar a assistência aos doentes. Já é sabido que a Ômicron é uma cepa mais contagiosa e a que mais tem causado adoecimentos.

“Ratificamos a preocupação com o espalhamento da variante Ômicron em áreas de baixa cobertura vacinal no país e com recursos assistenciais complexos precários. São condições que podem propiciar a elevação do número de óbitos por Covid-19, mesmo considerando a menor agressividade da variante agora dominante”, explica a Fiocruz, em comunicado.

O texto faz um alerta. “Como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante Ômicron pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, ainda que a probabilidade de ocorrência de casos graves seja mais baixa”, frisa.

Clique aqui e leia a íntegra do comunicado.

O aviso ocorre em um momento em que nove estados estão com ocupação de UTIs em situação crítica. A unidade federativa com taxas mais preocupantes é o Distrito Federal, seguido de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte.

“Precisamos avançar na vacinação e banir estratégias que vêm sendo empregadas para dificultá-la, especialmente na população de crianças de 5 a 11 anos”, defende a Fiocruz.

Para a entidade, a exigência do passaporte vacinal é uma política de estímulo à imunização. É também fundamental controlar a disseminação da Covid-19, sendo central a realização de campanhas de distribuição e o endurecimento da obrigatoriedade de uso de máscaras adequadas em locais públicos.

Desde o início da pandemia, 27,1 milhões de pessoas receberam o diagnóstico de Covid-19 no Brasil, sendo que 636 mil morreram em decorrência da doença. Cerca de 152 milhões de brasileiros estão totalmente vacinados (esquema com duas doses ou dose única).

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