Frente Única e Defensoria traçam estratégias contra caos na saúde do DF



Presidente do Coren-DF entregou aos defensores o dossiê de fiscalização produzido em 2016

Defensor público Daniel Vargas recebe o relatório das fiscalizações conjuntas realizadas pelos conselhos profissionais de saúde em 2016

A Frente Única da Enfermagem – formada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF), pela Associação Brasileira de Enfermagem, pelo Sindicato dos Enfermeiros e pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem – apresentou, nesta sexta-feira (28/7), dados das fiscalizações nos hospitais públicos do DF aos defensores Celestino Chupel e Daniel Vargas, do Núcleo de Saúde da Defensoria Pública do Distrito Federal.

Os representantes da enfermagem apontaram dois problemas críticos: o excesso de pacientes e a escassez de profissionais nos hospitais do DF. Segundo registros dos enfermeiros de plantão nas unidades, a relação entre a quantidade de pacientes e de profissionais em serviço torna impossível a prestação de assistência de qualidade. Há locais em que um profissional deve cuidar de mais de 30 pacientes, alguns em estado crítico. O atraso do pagamento das horas extras pela Secretaria de Saúde contribui para as escalas vagas, assim como a baixa quantidade de leitos, falta de materiais e precariedade das instalações das unidades.

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O presidente do Coren-DF, Gilney Guerra, mencionou o desrespeito às resoluções do Conselho Federal de Enfermagem que tratam do dimensionamento de pessoal, resultando na sobrecarga dos servidores e no mau atendimento aos pacientes. Sobre a solução apresentada pela Frente Única – o pagamento em dia das horas extras trabalhadas –, o dirigente destacou que “a hora extra não é o caminho, mas uma forma de minimizar o problema da saúde pública, desde que a Secretaria de Saúde se comprometa a pagar”. Guerra também entregou aos defensores parte do relatório de fiscalizações conjuntas realizadas em 2016 por conselhos profissionais da saúde, com apoio do Ministério Público do DF.

O defensor Daniel Vargas expôs o alto custo, para o Estado, dos vários processos abertos para garantir assistência hospitalar e propôs a análise de outras atuações estratégicas para solucionar o caos da saúde pública, com mobilização da sociedade e de políticos. Os defensores e os representantes da Fuenf ainda vão averiguar como estão sendo aplicados os recursos para a saúde.

 

Nova estratégia

As reuniões com a Defensoria Pública do Distrito Federal são parte da nova estratégia de atuação da Frente Única da Enfermagem. Devido à falta de diálogo com a Secretaria de Saúde, a entidade traçou outras formas de trabalho a fim de conseguir resultados efetivos para os profissionais e para a população usuária da rede pública de saúde. No fim de junho deste ano, a Fuenf se reuniu com a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) para apresentar os problemas constatados em inspeções do Coren-DF e dos sindicatos. “Nós não pouparemos esforços para buscar solução. As instituições de enfermagem estão unidas e precisam persistir nisso”, enfatizou na ocasião o tesoureiro do conselho, Adriano Araújo.

Fonte: Coren-DF



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