Na terça-feira (12/Mar), o juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), recebeu denúncia contra parentes da presidente, interina, do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do DF (SindSaúde-DF), Marli Rodrigues. Essa por sua vez, segue nos autos, sem indiciamento, na condição de investigada, por estar ainda em apuração.
Na ação, o juiz acolheu a denúncia contra a filha, Maria Luiza Rodrigues do Vale, o genro Hemerson Varlly Soares de Farias, o ex-esposo, Luiz Ribeiro Vale e ainda em desfavor do funcionário do SindSaúde-DF, Fábio Luiz Sousa Torres, todos indiciados em 26 de janeiro desse ano. O Magistrado, no entanto, retificou a denúncia inicialmente vinculada aos crimes de Crimes de “Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores”, para ‘furto qualificado’.
Operadores de direito que conversaram com PDNews explicaram que a situação dos investigados, acaba por se complicar, ainda mais, em especial porque na decisão de recebimento da denúncia apresentada pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), da investigação da Polícia Civil do DF (PCDF), o Juiz fez constar que “estão preenchidos os requisitos previstos no art. 41 do CPP e há justa causa para a ação penal.”.
SindSaúde
O desfecho ocorre, um dia após outra decisão do TJDFT em desfavor da cúpula do SindSaúde-DF. No processo 0052484-71.2010.8.07.0001, em tramitação na 12ª Vara Civil de Brasília da referida Corte, decisão de cumprimento de sentença deferida pela juíza Priscila Faria da Silva, colocou em penhora, um apartamento, em nome de Antônio Agamenon Vianna, situado na Quadra 02 do Setor Residencial Leste de Planaltina. Na ação figuram como réus, além de Vianna, Marli Rodrigues, além do próprio Sindicato.
Intervenção
Tais práticas, se somam a várias outras denúncias contra a gestão do SindSaúde-DF, há cerca de 10 anos, interinamente por força de decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), após litígio em processo eletivo. Casos esses que levaram um grupo de servidores, a realizar e aprovar, em fevereiro, Assembleia Geral Extraordinária (AGE), em que deliberaram pela intervenção dos gestores perante a entidade.
Entre uma das principais cobranças da categoria, estão a cobrança de prestações de contas, em especial sobre a venda de precatórios de cerca de 2.400 servidores à empresa Cia Toy Brinquedos. Caso que teve denúncia aceita por parte do MPDFT em 2019. Servidores sindicalizados, alegam que permanecem sem receber os valores devidos.
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Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.