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22 nov 2024 01:35


Gastos com Saúde no DF é três vezes maior que média nacional, aponta estudo do Conselho Federal de Medicina

Para Gondim, ex-secretário de Saúde, governador eleito tem desafio de nomear Secretário além de entender de assistência à Saúde, consiga encontrar soluções para aumentar receitas e reduzir despesas

Por Kleber Karpov

Uma postagem do ex-secretário de Estado de Planejamento e Orçamento do Maranhão (SEPLAN-MA), e de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Fábio Gondim, na rede social Twitter, das Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde, de 2017. A partir do estudo realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) (Veja Aqui), Gondim chamou atenção para os gastos do DF, em média, três vezes maior, que os 26 estados da Federação.

No Twitter, Gondim faz o alerta “O DF gastou R$ 3.477,79/hab com Saúde ano passado. Quase três vezes mais que a média nacional!!! Será que a União está disposta a dar mais recursos para o DF?! Eu sempre disse que a Saúde tem que buscar solução para a falta de dinheiro dentro de sua própria estrutura.”.

De acordo com o estudo do CFM, os gastos per capita/ano, do DF em 2017, de R$ 3.477,79, superam em duas vezes, o segundo maior gasto, no caso de Roraima, de R$1,771,13.

Ao se comparar aos gastos de São Paulo, por exemplo, com R$ 1.235,15, a capital do país gasta, quase três vezes mais. Nas despesas anuais, enquanto nos 26 estados, o gasto diário é de R$ 3,48, a partir dos dados do Conselho é possível constatar que, no DF, esse valor salta para R$ 9,53.

Fonte: SIOP/SIOPS/MS. Valores corrigidos pelo IPCA. Elaboração: CFM

Estudo do CFM

Com base em cruzamento de dados oficiais, das despesas em Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) declaradas no Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS), do Ministério da Saúde, o estudo, inédito, do CFM permitiu mensurar o valor per capita que o governo utiliza, nos níveis federal, estadual e municipal, para cobrir as despesas com saúde dos mais de 207 milhões de brasileiros.

Responsabilidade

A Saúde do DF, que em 2017 teve um orçamento de R$ 5,9 bilhões, e de R$ 6,5 bilhões, em 2018. Para 2019, a SES-DF deve contar com aproximadamente R$ 8 bilhões, desses, R$ 4,5 bilhões provenientes do Tesouro e outros R$ 3,3 do Fundo Constitucional do DF (FCDF). Mas, para Gondim, que lembra que os orçamentos dos anos anteriores, tiveram que ser suplementados, há o desafio de o gestor da SES-DF, ter a capacidade de aumentar receitas e reduzir despesas.

“Muito além de entender da assistência à Saúde, o novo Secretário deve ser capaz, também, de encontrar soluções para aumentar receitas e reduzir despesas e colocá-las em prática.”, disse ao lembrar que “cabe ao governador eleito [Ibaneis Rocha (MDB)], ter sabedoria para escolher o novo gestor da pasta.”, concluiu Gondim.

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