GDF comprou 1,8 mil toneladas da produção rural do DF

Em ano atípico, investimento foi o maior da história e distribuiu 132 mil cestas verdes a entidades filantrópicas e pessoas em vulnerabilidade



A agricultura precisou se reinventar neste ano. Por causa da pandemia, estabelecimentos e entidades fecharam as portas temporariamente e o escoamento de produções ficou prejudicado. Para manter o desenvolvimento de milhares de produtores rurais e enfrentar a insegurança alimentar e nutricional, o GDF implementou o programa Cesta Verde. Como resultado, mais de 132 mil unidades com frutas, verduras e legumes foram distribuídas, com a maior aquisição de alimentos da história.

A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) executou R$ 4 milhões neste ano ao adquirir 1.836 toneladas de alimentos. Foram R$ 2 milhões de verba federal do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), vinculado ao Ministério da Cidadania, e outros R$ 2 milhões de recurso emergencial do GDF pelo o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (PAPA). As entregas começaram em 30 de março e a última leva saiu nesta terça (15).

“Tivemos o maior volume comercializado em função da potencialização da política de compra e distribuição, com uma frente para mitigar os efeitos da pandemia entre os produtores rurais, que precisavam escoar alimentos, e entre famílias e entidades que dependem desses itens”, explica o subsecretário de Política Sociais Rurais, Abastecimento e Comercialização da Seagri, João Pires.

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Os itens foram distribuídos pelo Banco de Alimentos das Centrais de Abastecimento (Ceasa), pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e por instituições parceiras a 167 entidades e 45 mil pessoas. Além do recurso investido em frutas, verduras e legumes, uma emenda parlamentar de R$ 350 mil do deputado Fernando Fernandes permitiu a aquisição de 118 mil litros de leite. Foi feita parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc) para fazer escoamento desse material.

“Ainda bem que tínhamos um equipamento público de segurança alimentar bem estruturado”, diz a diretora de Segurança Alimentar da Ceasa, Lidiane Pires. Ela conta que a expectativa era operar com 20 toneladas por semana e atender cerca de 120 instituições. Com a pandemia, que fechou entidades, restaurantes e feiras, a realidade foi de 33 instituições, 2,8 mil pessoas atendidas e 4,8 toneladas por semana.

Assim, as produções corriam o risco de se perder, com prejuízos milionários. Por isso foi preciso criar formas para o alimento ser distribuído para chegar na ponta. “Colocamos em ação o projeto, que ainda era embrionário, para escoar a produção que não podia ser distribuída na forma tradicional, de caixarias. Foi assim que as Cestas Verdes surgiram”, explica a diretora. Estudos foram feitos para que fosse eficiente para produtores e com variedade para as famílias. Semanalmente, foram cerca de 1,2 mil cestas com oito itens.

Balanço positivo

Secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Candido Teles valoriza a potencialização da força de trabalho que permitiu garantir mais agilidade e efetividade nas compras e na distribuição das cestas. “A agricultura não parou neste ano. Esses programas de distribuição de renda e alimentos são de todos nós, de um governo que pensa em todos e sabe que é preciso escolher prioridades”, diz.

Neste ano, uma portaria conjunta para enfrentamento à insegurança alimentar oriunda da pandemia com a Sedes permitiu que cestas complementassem o programa Prato Cheio. Secretária-executiva da pasta, Ana Paula Marra afirma que a medida acontece por meio de cadeia que beneficia tanto o pequeno produtor rural quanto a parcela da sociedade assistida pela rede de proteção social. “Conjugamos os interesses para o alimento chegar àqueles que mais precisam, garantindo a segurança alimentar”.

“O governo estimulou a manutenção da produção, garantindo o abastecimento da cidade e mitigando no campo os efeitos da pandemia. Na outra ponta, fez com que chegassem alimentos de qualidade, saudáveis e nutritivos a quem mais precisa. Nossos produtores continuavam a produzir, mas o problema era a comercialização. Achávamos que era impossível, mas impossível é questão de perspectiva”, observa a presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), Denise Fonseca.



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FONTEAgência Brasília
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