GDF lança mais um ciclo do RenovaDF para qualificar 1.500 pessoas

Taguatinga e Brazlândia serão atendidas pelos alunos; o programa já formou quase 11 mil pessoas



Por Rafael Secunho

O Ginásio de Esportes do Cruzeiro ficou lotado, na manhã desta terça-feira (18), para o lançamento de mais uma etapa do RenovaDF. Uniformizados de azul, os cerca de 1.500 novos aprendizes receberam o kit de trabalho e vão integrar o 2º ciclo de 2023 do programa de qualificação profissional coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do Distrito Federal (Sedet). Taguatinga e Brazlândia serão as cidades atendidas nesta fase.

Lançamento do segundo ciclo do RenovaDF deste ano, no Ginásio de Esportes do Cruzeiro | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Já conhecido nas regiões administrativas da capital, o RenovaDF forma homens e mulheres para a recuperação de espaços públicos como praças, quadras poliesportivas, parquinhos, campos sintéticos, centros olímpicos, viadutos, entre outros. Após oito ciclos completos desde 2021, o projeto já preparou para o mercado de trabalho 10.802 pessoas.

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“Hoje, depois de muito tempo estou voltando a ter esperança de mudar de vida, de conquistar meu espaço na sociedade”, afirma Jean Carlo Pozzani, aluno do novo ciclo do RenovaDF

E tem muito mais gente em busca de uma oportunidade de se qualificar. Ou do ‘reencontro’ com uma vida digna, conforme lembrou Jean Carlo Pozzani, 48. Em situação de rua há um ano, ele desembarcou no DF após deixar a cidade natal, São Paulo (SP), e hoje está em um dos abrigos da rede de assistência da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

Os participantes recebem salário mínimo, além de auxílio transporte e seguro contra acidentes pessoais. Os alunos devem ter frequência e aproveitamento igual ou acima de 80% para receber os auxílios e o certificado de conclusão de curso

“Hoje, depois de muito tempo estou voltando a ter esperança de mudar de vida, de conquistar meu espaço na sociedade. Sinto que ainda há um pedacinho de bolo pra mim”, disse, emocionado. “Vim para Brasília, pois soube que há mais oportunidades para pessoas em vulnerabilidade como eu”. Este ciclo conta com a participação de um grupo de 150 pessoas em situação de rua, imigrantes e egressos do sistema penitenciário.

A oportunidade mencionada por Jean Carlo também foi almejada pela desempregada Valdete Monteiro, 60, moradora de Brazlândia. Após trabalhar boa parte da vida como doméstica, ela está sem renda e se inscreveu no RenovaDF por sugestão da sobrinha. “Estou muito feliz de estar aqui. Não tenho aposentadoria e para mim é a chance de aprender coisas novas, como pintura, jardinagem e outras”, apontou.

“Nosso foco é também garantir a participação dessas pessoas vulneráveis. Pessoas referenciadas pelos Cras, centros Pop, e que de fato precisam muito se reinserir”, explicou o secretário da Sedet, Thales Mendes. “Estamos levando agora 1.000 pessoas para Taguatinga, 400 para Brazlândia e outros 100 alunos que vão trabalhar à noite, aprendendo e reformando os mais diversos equipamentos públicos”.

Presente ao lançamento, o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, frisou que o RenovaDF cuida da cidade ao mesmo tempo em que promove uma transformação na vida desses aprendizes. “Nosso objetivo esse ano é expandir ainda mais o programa. Ele ainda é um ‘bebê’, que estamos cuidando, criando com muito zelo para fazê-lo chegar a todas as cidades e aumentar o nosso banco de empregos”, pontuou. A cerimônia contou também com a participação da primeira-dama, Mayara Noronha Rocha, e dos deputados Rafael Prudente e Robério Negreiros.

Parceria com o Senai-DF

Os cursos de iniciação profissional do RenovaDF são aplicados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF) com duração de 240 horas, com quatro horas diárias. Os alunos aprendem noções de diferentes profissões como carpinteiro, jardineiro, eletricista, pedreiro, etc. Até o momento, já são em torno de 1.300 espaços públicos recuperados em diversas regiões administrativas.

Os participantes recebem salário mínimo, além de auxílio transporte e seguro contra acidentes pessoais. Os alunos devem ter frequência e aproveitamento igual ou acima de 80% para receber os auxílios e o certificado de conclusão de curso.

 



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FONTEAgência Brasília
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