GDF não convence entidades Sindicais e nova onda de greves será ampliada na quinta (8)



Representantes de entidades sindicais abandonam a reunião após o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, anunciar que não havia condições de definir data do pagamento dos reajustes uma vez que Câmara Legislativa do DF rejeitou propostas do governo.

Por Kleber Karpov

A reunião realizada pelo GDF com representantes de entidades sindicais foi considerada um fiasco por sindicalistas. Sem uma data de antecipação inferior a de maio de 2016, proposta pelo GDF na reunião realizada na últimas semana o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, afirmou não haver recursos e jogou a responsabilidade para a Câmara Legislativa do DF (CLDF), por não aprovar três medidas rejeitadas na CLDF. Sem propostas os líderes sindicais se levantaram, foram embora e anunciam greve a partir de amanhã (8/Out).

Durante a reunião o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, afirmou que o GDF não poderia se manifestar em relação a data de concessão dos reajustes, uma vez que não havia recursos suficientes para efetuar os pagamentos: “Nós só podemos nos manifestar quanto a data de concessão dos reajustes na medida que tivermos recursos suficientes para isso. Quando nós tivermos certeza que teremos recursos. Do contrário nós não vamos pagar. Vamos prometer algo que não vamos pagar. E isso depende de uma série de medidas “, afirmou Sampaio.

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O chefe da Casa Civil observou ainda que a Câmara Legislativa do DF não aprovou as propostas do governo, uma referência ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (IPTU), a Taxa de Limpeza Pública (TLP) e a Contribuição para Iluminação Pública (CIP).

De acordo com Sampaio: “Ontem foram rejeitadas três proposta do governo e nós dissemos que era importante ser aprovadas na Câmara e nós não conseguimos e nós então temos que aguardar receitas extras, sendo que não teremos dinheiro para pagar os reajustes. É isso.” concluiu Sampaio.

Após a fala de Sampaio, ao secretário da Secretaria de Estado de Relações Institucionais e Sociais (SERIS), Marcos Dantas, não coube outra saída senão agradecer a participação dos sindicalistas, uma vez que todos se levantaram e saíram da sala.

Repercussão

Para o presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Guttemberg Fialho, “Não teve acordo, não teve proposta para pagar os aumentos salariais nem as pendências financeiras, ou seja, licença-prêmio, horas-extras, décimo-terceiro salário e qualquer resíduo salarial, portanto, a partir de amanhã greve por tempo indeterminado nos centros de saúde, postos de saúde, ambulatórios e cirurgias eletivas suspensas.”, afirmou ao convidar os médicos do DF à se concentrarem em frente à Câmara Legislativa na quinta-feira (8/Set) às 10 horas.

Greves

Com a posição do GDF, o Movimento Unificado em Defesa do Servidor Público composto por 17 sindicatos ligados à Saúde, Educação e administração direta, além de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF), devem somar à greve do Sindicato dos Bancários do DF (Bancários-DF) e do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF), deflagradas na segunda-feira (5/Out) e terça-feira (6/Out), respectivamente.

O vice-presidente do Sindate-DF, Jorge Vianna, criticou a postura de o GDF mandar interlocutores e não se fazer presente à reunião e de não ter proposta ou apresentar sequer um calendário de pagamento sãos sindicalistas. “O GDF, sem o ‘chefe’, chama os sindicatos para nada. Se marcaram a reunião apenas para dizer que não vão pagar o reajuste e os valores devidos, sequer deveriam ter agendado a reunião. Sabemos que o GDF embora não tenham anuência da Câmara Legislativa para aprovação dos reajustes do IPTU, TLP e da CIP não invalida o pagamento do reajuste pois semana passada, por exemplo, o governo se garantiu com recursos do IPREV [Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal ] e teve outras medidas aprovada na CLDF que deve tirar o governo das limitações da LRF.”

Vianna observou ainda que cabe ao GDF resolver o problema: “Se falta recursos, cabe ao GDF parar de culpar à Câmara ou jogar a responsabilidade nos sindicatos e arrumar recursos. Não conseguiram os R$ 5 bilhões para investir em obras¿ Consigam também para pagar os servidores. Nós, sobretudo à Saúde é que seguramos o caos que os pacientes enfrentam nas unidades de saúde.”, desabafou.

Confira o vídeo da reunião no GDF



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