Por Kleber Karpov
A sessão da CPI dos Atos Antidemocráticos, agendada para quarta-feira (19/Abr), foi cancelada após, o general general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), apontar desistência de ser ouvido pela CPI. A informação, confirmada pelo presidente da Comissão, deputado distrital, Chico Vigilante (PT), por meio de comunicado à imprensa.
Segundo Vigilante, o ex-ministro de Jair Bolsonaro disse ter recebido orientação de deixar de comparecer à CPI, “para não colocar mais gasolina”. Sem tempo para se convocar (ou convidar) um outro nome para depor, em substituição a Heleno, a reunião do colegiado está cancelada.
Vigilante chegou a ser questionado sobre possível convocação do general da reserva e um dos principais pivôs, dos diversos registros de atos antidemocráticos e golpistas que ocorreram em todo país. O distrital ponderou que ainda há “180 dias de CPI, quem sabe mais para frente”.
Condução Coercitiva
Ao Metrópoles (Veja Aqui), o distrital, Fábio Felix (Psol) disse que deve apresentar uma intimação como convocação e caso Heleno deixe de atender, que tal pedido deve prever uma condução coercitiva.
“Heleno é obrigado a comparecer à CPI. No dia 8 de janeiro, quando o golpe foi tentado, Heleno era um político sem cargo, e como militar está na reserva há anos. É um cidadão comum que teve sua convocação aprovada de forma unânime por essa CPI. Ele só pode deixar de vir se estiver respaldado por uma decisão judicial, o que não é o caso”, disse o parlamentar, que é integrante do colegiado.