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15 dez 2025 16:05

Gestão Rollemberg: Secretário de Saúde dá mais uma demonstração de ‘des(planejamento)’ ou intenções escusas?

Em nova decisão, Humberto Fonseca retomou atendimento na Atenção Primária, mas manteve, até 30 de maio, suspensão de cirurgias eletivas

Por Kleber Karpov

Com a greve dos caminhoneiros, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) montou um grupo de gestão de crise, para garantir o ‘funcionamento’ dos serviços essenciais à população do DF. Se por um lado, o chefe do Executivo talvez consiga incorporar o discurso da garantia de manutenção do abastecimento de combustível, na Saúde, o governador responde por tabela com mais uma total falta de capacidade de planejamento do secretário de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Humberto Lucena Pereira da Fonseca.

No que tange à Saúde, Fonseca editou a Circular SEI-GDF n.º 21/2018 – SES/GAB, em que determinou a suspensão do atendimento na Atenção Primária (AP) dois dias 26 a 28 de maio, bem o direcionamento, nesse período, dos servidores das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e demais unidades da AP para realizar atendimento nos hospitais do DF.

Fonseca foi além e também cancelou todos os agendamentos de consultas ambulatoriais e a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos, o que prejudicou centenas de pacientes, muitos que aguardavam cirurgias por anos.

O resultado do contingenciamento, atribuído a greve dos caminhoneiros causou revolta entre os servidores, críticas de entidades sindicais, além de superlotações nos atendimentos de emergência dos hospitais. Porém, nesse caso, de profissionais de Saúde forçados a cumprirem escalas nas unidades hospitalares.

Reações

Para o presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho, o governador do DF deu “mais uma vez a gestão da saúde do DF dá um show de incompetência”. O sindicalista criticou a postura do GDF de, “em vez de manter a assistência perto do paciente”, os usuários do Sistema Único de Saúde do DF (SUS-DF) foram forçados a se deslocarem para hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), “dificultando o atendimento e aumentando o consumo de combustível.”.

Para o vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (SINDATE-DF), Jorge Vianna, também condenou à medida que chamou de “atabalhoada”. “Isso foi uma medida que não teve conversa com os trabalhadores, não teve conversa com ninguém e fizeram isso aí prejudicando a população e jogando as contas nos caminhoneiros”.

Vianna também questionou a transferência dos servidores para atender nos hospitais e suspender o atendimento na AP, além da suspensão das cirurgias eletivas. “Eu não sei o que passou pela cabeça dele [Humberto Fonseca], um desespero, a inexperiência nesse momento falou mais alto.”, disse ao reafirmar a falta de capacidade de estratégia, em um vídeo gravado em rádio e em algumas unidades de saúde.

Para a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do DF (SINDSAÚDE-DF), Marli Rodrigues, o contingencionamento de Humberto Fonseca, foi uma “clara demonstração de despreparo e falta de um real plano de contingência, apela para o improviso e submete os servidores à humilhação das ameaças: -Ou chegam nos hospitais gerais e UPAS ou serão penalizados.”.

Intenções escusas

Para alguns servidores, a circular do secretario de saúde era uma tentativa de justificar um novo decreto de emergência na Saúde. “O que eles querem é criar o caos na Saúde para o governador decretar estado de calamidade, procura aí que você vai encontrar”, justificou um servidor sob sigilo de identidade.

Reavaliação

Na tarde de segunda-feira (28/Mai), Fonseca fez uma reavaliação do contingenciamento de crise. O SES-DF restabeleceu o atendimento na AP e de consultas ambulatoriais nas UBS e Policlínicas. Porém, manteve a suspensão da realização de procedimentos cirúrgicos até a próxima quarta-feira (30/Mai). Isso sob argumento da possibilidade de redução de estoques nos hospitais.

Questionada sobre a possibilidade de se decretar um novo ‘estado de emergência’,  a pasta não se manifestou sobre o assunto e se limitou a reafirmar a necessidade de suspensão dos serviços, em decorrência da greve dos caminhoneiros. “Os profissionais das UBSs foram remanejados para concentrar o atendimento na urgência e emergência dos hospitais.”.

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