Por Kleber Karpov
Por meio de coletiva de imprensa, o governo federal anunciou, na tarde desta sexta-feira (3/Abr) o adiamento, em todo o país, da aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), agendadas para próximo domingo (5/Abr). A suspensão ocorre em decorrência das fortes chuvas no Rio Grande do Sul (RS).
O anúncio foi realizado pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, conjuntamente com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.
Encaminhamento esse, alinhados coletivamente com a Defensoria Publica da União (DPU), Advocacia-geral do União (AGU), Procuradoria-Geral da República (PGR) e Procuradoria Geral do Rio Grande do Sul (PGRS), um vez que a impossibilidade de aplicação das provas no RS, deixaria cerca de 86 mil candidatos inscritos, além de correr o risco de prejudicar, ainda mais todo o processo do concurso.
“A conclusão que tivemos hoje é que é impossível fazer a prova no Rio Grande do Sul. O nosso objetivo, desde o início, é garantir o acesso de todos os candidatos”, disse a ministra. “A solução mais segura para todos os candidatos de todo o país é o adiamento da prova”, acrescentou.
Recém idealizado, nos moldes do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o CPNU, de acordo com dados do governo federal, deve aplicar, simultaneamente, provas para 2,144 milhões de candidatos inscritos no processo seletivo disputarão 6.640 vagas oferecidas por 21 órgãos públicos federais. Ao todo foram catalogados 3.665 locais de aplicação em um total de 75.730 salas.
Enchentes
Com decreto de calamidade pública, Boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul computou, na manhã desta sexta-feira um total de 31 mortes, em decorrência das chuvas em todo o estado. Outras 74 pessoas permanecem desaparecidas e há ainda outros 56 feridos.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, 235 municípios foram afetados pelos temporais, até o momento, com um total de 351.639 pessoas afetadas. Dessas, 17.087 estão desalojadas e 7.165, em abrigos. A expectativa, de acordo com o governador Eduardo Leite (PSDB), é que os números ainda devem subir ao longo dos próximos dias.