Governo do deboche: depois de prejudicar muitos pacientes, Rollemberg faz politicagem na liberação das ambulâncias



Uma festa política montada  em cima das desgraças dos outros. Depois de obrigar pacientes a chegar de qualquer jeito aos hopsitais,  finalmente o governador Rodrigo Rollemberg resolveu liberar cerca de trintas ambulâncias, adquiridas com o dinheiro do Governo Federal,  ao  Sistema de Saúde Pública do DF. Foi um momento de sorrisos, discursos e tapinhas nas costas,

Embora prontas para uso as ambulâncias  permaneceram por mais de 60 dias paradas no pátio da Secretaria de Saúde, enquanto centenas de pessoas pacientes tiveram que recorrer por meios próprios para chegar aos hospitais. Outros foram a óbito por não conseguirem chegar a tempo às mãos de um médico. O comportamento do governador foi classificado pela categoria médica de “politiqueiro e criminoso”.

A comemoração
“Foi com muita satisfação que entregamos hoje trinta novas ambulâncias para reforçar a saúde da nossa cidade. Ao longo das próximas semanas entregaremos mais trinta, que estão sendo emplacadas, e depois mais vinte e cinco. Serão ao todo oitenta e cinco novos veículos que vão melhorar a segurança e a agilidade dos atendimentos. Quando todas já estiverem em circulação, nossa frota total será de cento e trinta e sete veículos. Essa entrega mostra que estamos adotando todas as medidas necessárias para avançar, melhorar a saúde e garantir mais qualidade de vida para os brasilienses. Eu tenho muito orgulho dos servidores dessa equipe, que assumiu um ambiente de muita dificuldade e tem conseguido manter de pé a saúde pública do DF. Estamos todos juntos por uma cidade melhor. Vamos em frente!”, festejou o governador Rodrigo Rollemberg na sua página pessoal no facebook.

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O clima de satisfação e alegria estampada no rosto do governador Rodrigo Rollemberg e dos seus seletos convidados (como mostra a foto dessa matéria), durante a entrega de trinta novas ambulâncias à Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em solenidade ocorrida na última sexta-feira, foi sentido como um ato de crueldade e de deboche para a família do desempregado Josivaldo Santos, 49 anos.

No mês passado, o morador do Estrutural passou mal dentro de um carro particular e veio a óbito antes de chegar ao Hospital. Se fosse atendido por uma ambulância, com prioridade para furar o caótico trânsito de Brasília, talvez o cidadão, pai de quatro filhos, teria melhor chance de escapar do infarto que o atacou.

Tragédia como esta virou a marca de um governo que gasta quase oito bilhões de reais por ano, mas não consegue comprar insumos básicos como seringas e esparadrapos e que leva milhares de cidadãos a padecerem nas portas dos hospitais públicos.

Enquanto centenas de pessoas doentes estavam sendo obrigadas a buscar seus próprios meios para chegar a um dos hospitais do DF, as trinta ambulâncias equipadas e vistoriadas, há bastante tempo pelo Detran, continuavam em exposição no pátio da Secretaria de Saúde a espera da boa vontade do governador Rollemberg para liberar os veículos. Na festa de inauguração das ambulâncias houve discursos como se Rollemberg estivesse em campanha.

Em contato com o Radar, o presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho, ao avaliar o motivo de tanta comemoração por parte do governador durante o ato de entrega das ambulâncias, disse:

“Na atual conjuntura, numa crise dessas, onde aumenta a desistência aos pacientes, onde as pessoas morrem por falta de remédios, por falta de exames, por falta de insumos e de profissionais, um governante que tem um comportamento como esse de postergar as ações efetivas para faturar politicamente, isso revela que não tem comportamento de estadista, tem comportamento de politiqueiro. Isso é criminoso”.

O médico tem sido um dos maiores críticos do governador Rodrigo Rollemberg a quem culpa pela proposital quebradeira da saúde pública para entregá-la às Organizações Sociais.

Ele lembrou que só falta agora o governador fazer palanque de inauguração no dia que resolver desencaixotar o Pet Scan, um equipamento que custou R$ 3,5 milhões aos cofres públicos e que desde 2013, encontra-se jogado em um dos corredores do Hospital de Base.

No ano passado, o Ministério Público exigiu que a Secretaria de Saúde colocasse o equipamento para funcionar, mas até agora a obra que deveria ser feita pela Novacap para abrigar o Pet Scan continua em banho-maria. Segundo a própria Novacap, o valor da pequena sala foi orçada em menos de um milhão de reais mas falta dinheiro para a obra, segundo a autarquia.

O aparelho que consegue detectar com precisão tumores e até checar a regressão do câncer depois de sessões de quimioterapia, pode não funcionar direito como deveria por se encontrar armazenado de forma irregular, conforme avaliam alguns técnicos especializados na manutenção desse tipo de equipamento.

Enquanto isso um contingente de quase dez mil pacientes diagnosticados com a doença no DF sofrem pela falta do atendimento médico, com a demora nas consultas, bem como pela falta de um método mais eficiente que possa descobrir e tratar o câncer ainda no início.

Fonte: Radar Condomínios



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